Corinthians e Caixa avançam em negociações do financiamento da Neo Química Arena

No ano passado a Caixa executou o Corinthians na Justiça, cobrando R$ 536 milhões. Como não há público na pandemia, timão quer começar a pagar parcelas da negociação a partir de 2022

Por: De Estadão Conteúdo  -  27/11/20  -  02:30
Atualizado em 27/11/20 - 02:50
Além da dívida com a Caixa, falta resolver também a dívida com a construtora Odebrecht
Além da dívida com a Caixa, falta resolver também a dívida com a construtora Odebrecht   Foto: Corinthians/Twitter

Corinthians e Caixa Econômica Federal avançaram nas negociações para o financiamento da Neo Química Arena, mas o acerto ainda não foi finalizado. A diretoria do clube, de olho nas eleições de sábado para presidência, tenta acelerar o processo, que é tratado de forma mais comedida pelo banco estatal.


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O pagamento das parcelas do estádio corintiano está suspenso desde outubro do ano passado, quando a Caixa executou o Corinthians na Justiça cobrando uma dívida de R$ 536 milhões. O clube apresentou recurso oferecendo a penhora de quotas de um fundo de investimento imobiliário, alienadas fiduciariamente à Caixa, para negociar aos pagamentos.


Desde então, a Justiça Federal considera que as duas partes estão buscando um acordo e atende às solicitações para suspender o andamento da ação. No despacho mais recente, de 21 de outubro, a juíza Marina Gimenez aprovou mais uma vez o pedido de adiamento.


O novo contrato deve prolongar o prazo de financiamento e alterar as formas de pagamento. O GE.com revelou que as parcelas se estenderão até 2040 - inicialmente iam até 2028. O valor total da dívida até o início da execução era de R$ 536 milhões.


A intenção do Corinthians é pagar R$ 300 milhões por meio da receita do naming rights nos próximos 20 anos. O restante, financiado em parcelas. Para assinatura do contrato falta definir a porcentagem do reajuste anual e quando as parcelas começarão a ser cobradas.


Por causa da pandemia, os estádios estão sem público e o valor dessas parcelas seriam pagos com ajuda da bilheteria. O clube pede que sejam debitadas a partir de 2022, com prestações pagas de forma anual e não mais mensal, como era no contrato anterior


Em 17 de julho, Sanchez prometeu resolver os problemas financeiros da Arena até novembro. Além da dívida com a Caixa, falta resolver também a dívida com a construtora Odebrecht. A tendência é de que esse valor seja abatido com repasse dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento).


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