O fenômeno se repete a cada eleição: um elevado número de legendas declina apoio ao candidato mais bem avaliado nas pesquisas pré-eleitorais. Esse movimento, que unifica em uma chapa agremiações de visões opostas, é motivo de questionamento entre o eleitorado.
Nessa corrida eleitoral, contudo, o apoio de legendas menores em um candidato de peso tem um novo fato: pela primeira vez não será permitido coligações entre vereadores.
Com isso, a estratégia de partidos sem penetração é lançar candidatos à prefeitura, mesmo sem chances de vitória, ou fazer coligações para integrar o governo, independentemente de quem for eleito. Esses movimentos explicam o porquê de 16 concorrentes em Santos e, ainda, improváveis uniões como PSL e PSB em apoio a um pleiteante.
O doutor em Ciência Política, Rafael Moreira, explica que esse tipo de coligação é danoso ao eleitor. Isso porque parte da população não leva em conta a importância do partido, que tende a ser mais “confusa” com uma coligação inchada.
“Há muitos partidos chamados de aluguel, eles se coligam com qualquer grupo político e independentemente do cargo. Rumam para quem tem mais chance de ganhar. Fora algumas discussões e promessas problemáticas que acontecem nos bastidores”, alerta.
Essas coligações municipais nem sempre são alinhadas a diretrizes e a agenda político dos grupos nacionais. Há grupos mais pragmáticos que controlam o diretório da cidade. “Isso não acontece com todos, alguns partidos procuram se manter coerentes, fazendo coligações com partidos do mesmo campo”, explica Rafael.
Sobre a influência no voto, o cientista político explica que apenas uma parcela restrita da população enxerga o peso das coligações na criação das chapas. “Por isso acabam procurando candidatos que representem a sua pauta ou ideologia”, conclui
Veja são as coligações da região:
Santos
Rogério Santos - PSDB, Republicanos, PP, DEM, PSL, PODE, PL e PSB.
Banha - MDB e PTC.
Delegado Romano - Democracia e Solidariedade.
São Vicente
Pedro Gouvêa - MDB, PCdoB, PDT, PL, PMN, Progressista, PROS, PSC, PSB, PTC, PV e Republicanos.
Kayo Amado - Podemos, Democratas e Avante.
Analia Silva - PT e PSOL.
Guarujá
Valter Suman - PSB, PROS, PP, PDT, PT, MDB, PL, PTC, PSD, PC do B, SOLIDARIEDADE, PTB, PSC, PSB e PV.
Magaiver Edilson - PODEMOS e AVANTE
Miguel Calmon - PRTB, PSL, PMN e PMB
Praia Grande
Alexandre Cunha - REPUBLICANOS, PSD, AVANTE, PSB, PROS, REDE, PP, PDT e PATRIOTA.
Raquel Chini - PSDB, MDB, CIDADANIA, DEM, SOLIDARIEDADE, PTB e PMB
Danilo Marco Morgado - PSC e PSL.
Cubatão
Ademario da Silva - PSDB, MDB, PL, DEM, PSD E SOLIDARIEDADE.
Fabio Mello - PSOL e PCB.
Paula Ravanelli - PT e PDT.
Toninho Vieira - PC do B, PP, PSL e Patriota.
Wagner Moura - CIDADANIA, PODEMOS, DC, PV, AVANTE E REPUBLICANOS.
Itanhaém
Capitão Galvão - PL e PRTB
Cris Forssell - PODEMOS, REPUBLICANOS, PP, AVANTE e PV.
Marcelo Strama - REDE, PDT, PTB, PSC e PSB.
Tiago Rodrigues Cervantes - MDB, PSDB, PSL, CIDADANIA, DEM, PSD, SOLIDARIEDADE e DC
Peruíbe
Alex Matos - PSD, PODE, PL e PSB.
Barros - PP e PROS.
Emer - DC, PV, PSC, PSL e PTB.
Luiz Maurício - PSDB, MDB, PCdoB e DEM.
Mongaguá
Marcelo Conceição - PTC e PRTB
Márcio Cabeça - REPUBLICANOS, SOLIDARIEDADE, MDB, PSD, PSL e DEM.
Rodrigo Casa Branca - PSDB, PTB, PP, AVANTE, REDE e PODEMOS.
Bertioga
Caio Matheus - PSDB, Solidariedade, PROS, Republicanos, PSD, MDB, Podemos, Cidadania e DEM.
Lucília Goulart - PL e AVANTE.
Professora Lucélia - PT, PSOL e PCdoB.
Silvio Magalhães - PSB, PSC, PDT e PV.