Área Continental, Morros, Zona Noroeste – com destaque para o Dique da Vila Gilda – são os locais prioritários para planos de Habitação, segundo os dezesseis pleiteantes à Prefeitura de Santos. Que a carência existe e deve ser solucionada, é unanimidade entre os concorrentes. Mas as divergências estão na maneira de lidar com a questão.
Entre os candidatos, parte cita o Centro como local ideal para reinstalar as dezenas de milhares de habitantes em condição deploráveis de moradias – até para revitalizar, repovoar e recuperar o potencial econômico da região. Outra parte já defende ampliar a zona urbanizada da cidade, levando estrutura e comércio (com oportunidades de emprego) às áreas periféricas.
Há, ainda, a discordância daqueles que defendem a aplicação de parcerias público-privadas com os que preferem promover a reforma habitacional da Cidade com as próprias mangas governamentais.
Veja o que diz cada candidato:
Antônio Carlos Banha (MDB)
Tirar déficit habitacional; recursos Federal e Estadual para construir; moradias modernas, inteligentes; trabalhar e aquecer comércios local; mapear Centro; movimentar economia local.
Bayard Umbuzeiro (PTB)
Utilizar o centro da cidade para implantar casas populares; realizar parcerias público privada para construir casas.
Carlos Paz (Avante)
Construir habitações através da folha de pagamento ou de um sistema associativo; gerar capacidade das pessoas que moram em submoradias conseguirem empregos; realizar um mapeamento das ocupações e melhorar a infraestrutura.
Delegado Romano (DC)
Procurar terrenos mais em conta onde possa verticalizar; povoar região central para reativar comércios; investir em moradias na Área Continental, desde que leve desenvolvimento, com trabalho, esportes e cultura
Douglas Martins (PT)
Planejar as soluções específicas para cada região da cidade; criação de uma política permanente de comunicação nos morros; utilizar os imóveis fechados como casas sociais; criar programa provisório de urbanização mínima em áreas insalubres.
Guilherme Prado (PSOL)
Abolir o modelo tradicional do conjunto habitacional; atuar em locais com condição social a moradores; aproveitar as áreas vazias do Centro para reocupar com população
Ivan Sartori (PSD)
Articular com governos Federal e Estadual, além de iniciativa privada para parcerias na construção; começar a retirar população de cortiços e favelas, levar a aluguel social para gradativamente reurbanizar áreas
João Villela (Novo)
Atuar nas áreas do São Manuel, Chico de Paula; retirar população de locais prejudicados por enchentes; aliar habitações populares a comércios e empregos, para gerar oportunidades próximas às moradias
Luiz Xavier (PSTU)
Discutir um plano de habitação para tirar as pessoas da área de risco; urbanizar os cortiços do centro da cidade; planejar a metropolização da cidade.
Marcelo Coelho (PRTB)
Realizar o congelamento habitacional nas áreas precárias da cidade; produzir casas com programas federais e estaduais; acabar com a Companhia de Habitação de São Paulo (COHAB).
Dr. Márcio Aurélio Soares (PDT)
Auditar a COHAB; chamar a comunidade e à academia para projetar soluções para urbanização de cada periferia;
Moysés Fernandes (PV)
Diminuir carência de unidades habitacionais; realizar parcerias público-privadas (PPPs); aproveitar locais já com estrutura, como Centro, Vila Mathias e Paquetá
Rogério Santos (PSDB)
Dar continuidade nas entregas de apartamentos populares; investir em áreas da região central; implantar PPPs para moradias
Tanah Corrêa (Cidadania)
Atuar nos casarões abandonados do Centro; investir na Área Continental, mas depois que sair túnel ou ponte, para garantir acesso da população à ilha;
Thiago Andrade (PC do B)
Regularizar a questão fundiária com aluguel social; urbanizar o Dique da Vila Gilda; oferecer habitação social para as pessoas que moram em área de risco; utilizar o terminal um ao oito no Valongo com a iniciativa privada para criar habitações sociais.
Vicente Cascione (PROS)
Levar a Unesco os problemas das palafitas na região; buscar financiamentos internacionais para resolver os problemas da urbanização; estender o financiamento para São Vicente e Cubatão.