Propostas de Habitação divergem entre candidatos ao Executivo em Santos

Explorar o Centro é a solução ideal para alguns, enquanto outros preferem investir nas periferias

Por: Isabel Franson  -  07/11/20  -  14:54
Em Santos, cerca de 3.200 famílias moram em palafitas, das quais 2.341 vivem no Dique da Vila Gilda
Em Santos, cerca de 3.200 famílias moram em palafitas, das quais 2.341 vivem no Dique da Vila Gilda   Foto: Irandy Ribas/ AT

Área Continental, Morros, Zona Noroeste – com destaque para o Dique da Vila Gilda – são os locais prioritários para planos de Habitação, segundo os dezesseis pleiteantes à Prefeitura de Santos. Que a carência existe e deve ser solucionada, é unanimidade entre os concorrentes. Mas as divergências estão na maneira de lidar com a questão.


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Entre os candidatos, parte cita o Centro como local ideal para reinstalar as dezenas de milhares de habitantes em condição deploráveis de moradias – até para revitalizar, repovoar e recuperar o potencial econômico da região. Outra parte já defende ampliar a zona urbanizada da cidade, levando estrutura e comércio (com oportunidades de emprego) às áreas periféricas.


Há, ainda, a discordância daqueles que defendem a aplicação de parcerias público-privadas com os que preferem promover a reforma habitacional da Cidade com as próprias mangas governamentais.


Veja o que diz cada candidato:


Antônio Carlos Banha (MDB)


Tirar déficit habitacional; recursos Federal e Estadual para construir; moradias modernas, inteligentes; trabalhar e aquecer comércios local; mapear Centro; movimentar economia local.


Bayard Umbuzeiro (PTB)


Utilizar o centro da cidade para implantar casas populares; realizar parcerias público privada para construir casas.


Carlos Paz (Avante)


Construir habitações através da folha de pagamento ou de um sistema associativo; gerar capacidade das pessoas que moram em submoradias conseguirem empregos; realizar um mapeamento das ocupações e melhorar a infraestrutura.


Delegado Romano (DC)


Procurar terrenos mais em conta onde possa verticalizar; povoar região central para reativar comércios; investir em moradias na Área Continental, desde que leve desenvolvimento, com trabalho, esportes e cultura


Douglas Martins (PT)


Planejar as soluções específicas para cada região da cidade; criação de uma política permanente de comunicação nos morros; utilizar os imóveis fechados como casas sociais; criar programa provisório de urbanização mínima em áreas insalubres.


Guilherme Prado (PSOL)


Abolir o modelo tradicional do conjunto habitacional; atuar em locais com condição social a moradores; aproveitar as áreas vazias do Centro para reocupar com população


Ivan Sartori (PSD)


Articular com governos Federal e Estadual, além de iniciativa privada para parcerias na construção; começar a retirar população de cortiços e favelas, levar a aluguel social para gradativamente reurbanizar áreas


João Villela (Novo)


Atuar nas áreas do São Manuel, Chico de Paula; retirar população de locais prejudicados por enchentes; aliar habitações populares a comércios e empregos, para gerar oportunidades próximas às moradias


Luiz Xavier (PSTU)


Discutir um plano de habitação para tirar as pessoas da área de risco; urbanizar os cortiços do centro da cidade; planejar a metropolização da cidade.


Marcelo Coelho (PRTB)


Realizar o congelamento habitacional nas áreas precárias da cidade; produzir casas com programas federais e estaduais; acabar com a Companhia de Habitação de São Paulo (COHAB).


Dr. Márcio Aurélio Soares (PDT)


Auditar a COHAB; chamar a comunidade e à academia para projetar soluções para urbanização de cada periferia;


Moysés Fernandes (PV)


Diminuir carência de unidades habitacionais; realizar parcerias público-privadas (PPPs); aproveitar locais já com estrutura, como Centro, Vila Mathias e Paquetá


Rogério Santos (PSDB)


Dar continuidade nas entregas de apartamentos populares; investir em áreas da região central; implantar PPPs para moradias


Tanah Corrêa (Cidadania)


Atuar nos casarões abandonados do Centro; investir na Área Continental, mas depois que sair túnel ou ponte, para garantir acesso da população à ilha;


Thiago Andrade (PC do B)


Regularizar a questão fundiária com aluguel social; urbanizar o Dique da Vila Gilda; oferecer habitação social para as pessoas que moram em área de risco; utilizar o terminal um ao oito no Valongo com a iniciativa privada para criar habitações sociais.


Vicente Cascione (PROS)


Levar a Unesco os problemas das palafitas na região; buscar financiamentos internacionais para resolver os problemas da urbanização; estender o financiamento para São Vicente e Cubatão.


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