População reivindica mais atenção do poder público na rede básica de saúde de Cubatão

Cidade conta atualmente com 18 unidades básicas de saúde. Para munícipes, principal dificuldade está na marcação de consultas

Por: Liliane Souza  -  08/10/20  -  15:51
Munícipes pedem melhorias nas unidades básicas de saúde de Cubatão
Munícipes pedem melhorias nas unidades básicas de saúde de Cubatão   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Em Cubatão, a rede básica de saúde precisa de mais atenção do poder público, segundo moradores ouvidos por A Tribuna. A dificuldade para conseguir marcar consultas está entre os principais problemas apontados por munícipes que frequentam as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade.


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As UBS fazem parte da rede de atenção básica e funcionam como porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo dessa área, segundo o Ministério da Saúde, é promover a qualidade de vida da população e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco.


De acordo com a prefeitura, Cubatão conta com 18 unidades básicas de saúde, um posto central de vacinação e uma policlínica, a Anis Rahal Maluf, inaugurada no ano passado.


Usuário da UBS Dr. Adriano Goulart, localizada no Jardim 31 de março, o auxiliar técnico de planejamento Wesley José dos Santos, de 42 anos, diz que a estrutura do local precisa ser melhorada, tanto em relação às acomodações como ao tamanho da UBS.


“É preciso ter mais médicos para todos os setores de atendimento, como clínico geral, pediatra, ginecologista, oftalmologista, dentista etc. Uma recepção mais bem estruturada, melhores salas de espera e profissionais capacitados para atendimento ao público” diz o munícipe, que se queixa da demora para conseguir marcar consultas.


“É um problema recorrente no sistema, uma demora enorme para conseguir marcar alguma consulta, e algumas vezes já aconteceu de não ter vacina para a população, principalmente vacinas de campanha, tipo a da gripe”.


Quem também recorre ao sistema público de saúde em Cubatão é o técnico de instrumentação Marcos Roberto Silva, de 51 anos, que frequenta a UBS Vila Nova. Para ele, a saúde pública do município “deixa a desejar”, principalmente no que diz respeito à marcação de consultas na rede de atenção básica. “Demora três, quatro meses. É difícil. A saúde do nosso município passa por um momento complicado”.


Para o munícipe, o número de médicos para suprir a demanda nas unidades de saúde é insuficiente. “A estrutura de cada uma delas depende da que você vai usar. Na Vila Nova a estrutura é boa, agora tem UBS que é complicado. Falta, além de humanização, estrutura melhor de atendimento, até mesmo de espaço físico”, comenta.


Já o auxiliar técnico de planejamento Lucas Martins Lima, de 25 anos, conta que costuma utilizar a Unidade de Saúde da Família (USF) Mário Covas, na Vila Natal. Segundo ele, a unidade oferece um bom atendimento, mas está comumente lotada.


“Para marcar consulta é um pouco demorado. Eu espero que essa próxima gestão foque mais nas áreas de saúde e educação em Cubatão, e não fique fazendo promessas de trabalho ou coisas do tipo”, diz.


Posicionamento


Em nota, a prefeitura de Cubatão informa que a Unidade de Saúde Dr. Adriano Goulart caminha para sua composição de Estratégia Saúde da Família, modelo preconizado pelo Ministério da Saúde.


Ainda de acordo com a municipalidade, a unidade conta com enfermeiros, auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem, auxiliar de saúde, bucal, dentista, farmacêutico, funcionários administrativos, educador físico, psicólogo, nutricionista, agentes comunitários de saúde e médicos (pediatra, ginecologista e generalista).


A prefeitura afirma que não houve desabastecimento da vacina contra influenza, que previne a gripe. Quanto ao atendimento na USB Vila Nova, a municipalidade informa que foi direcionada à unidade uma médica generalista que estará no local de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas. Sobre a USF Mário Covas, a prefeitura destaca que a unidade conta um médico generalista durante 40 horas semanais, além de pediatra e ginecologista. 


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