Confira os planos dos candidatos a prefeito de Santos para a Cultura na cidade

Aos domingos, até 8 de novembro, serão publicadas as propostas dos candidatos ao cargo de prefeito das nove cidades da Baixada Santista

Por: Egle Cisterna  -  19/10/20  -  00:40
Restaurante-Escola funcionará com atendimento presencial e delivery
Restaurante-Escola funcionará com atendimento presencial e delivery   Foto: ( Matheus Tagé/AT)

Quais os planos para a Cultura daqueles que querem ocupar o cargo de prefeito a partir de 2021? Para saber as respostas, A Tribuna começa a publicar, aos domingos, até o dia 8 de novembro, as propostas dos candidatos das nove cidades da Baixada Santista para a área. O principal desafio será reestruturar as atividades no pós-pandemia de um dos setores mais afetados durante a crise causada pelo coronavírus.


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Em Santos, a cidade com o maior orçamento para a Cultura da região e mais equipamentos culturais, os candidatos falam em rever orçamento, dar continuidade a projetos como o Facult, criar novos espaços de Cultura, entre outras propostas. 


Conheça abaixo algumas das ideias dos 16 candidatos concorrentes à Prefeitura santista.


As propostas dos 16 postulantes de Santos


Antonio Carlos Banha Joaquim (MDB) - Reestruturar equipamentos da Secult, reorganizar cursos de teatro, dança, música e cinema, ativar galerias de arte, ampliar a grade do Cine Arte Posto 4, recuperar teatros, incluindo o Coliseu e o Guarany, ativar o Baile da Praia, as tendas e manter o desfile das escolas de samba. Colocar Santos no circuito nacional de festivais de teatro e dança, retomar ações com cidades-irmãs como Arouca e Coimbra (Portugal) e Cadiz (Espanha) e estreitar as relações com o Estado e a União para angariar verba.


Bayard Umbuzeiro (PTB) - Recuperar os equipamentos culturais deteriorados, com um plano de investimentos balizado na verba Dade que deixou de ser repassada pelo Governo do Estado. Definir um sistema de apoio financeiro aos produtores culturais como forma de reforço a outros programas governamentais. Estabelecer um calendário cultural com a definição prévia de recursos orçamentários. Duplicar a participação orçamentária da cultura a partir da elaboração do Orçamento de 2022. Estimular as produções culturais para envolver as comunidades dos bairros.


Carlos Paz (Avante) - Nossa proposta passa pela construção de um ambiente educacional voltado à cultura, incentivando o interesse dos nossos jovens desde o Ensino Fundamental e por diversos segmentos das artes. Mostrar, inclusive, a importância da história da cidade de Santos. Temos que investir nos nossos alunos, dando a oportunidade para que adquiram visão de mundo voltada ao universo da Cultura.


Delegado Romano (DC) - As medidas a serem adotadas devem iniciar com uma destinação maior do orçamento para a pasta, hoje estimada em R$ 10 milhões. Precisamos modernizar os estabelecimentos com acomodações, informatização, acesso digital, divulgação, acessibilidade, incentivos fiscais, ou seja, através de medidas práticas essenciais, permitirmos que não só o munícipe, mas, principalmente, o turista, sinta-se atraído pela multiplicidade de opções oferecidas, fazendo de Santos um destino de lazer e entretenimento. 


Douglas Martins (PT) - No ano que vem, Santos realiza a Conferência Municipal de Cultura. Vamos dar todo apoio a essa iniciativa. Seus resultados constarão de nossas estratégias de ação. Vamos criar o Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais e incentivar a criação de cooperativas de produção cultural, integradas ao sistema de economia solidária. Também vamos criar a Escola de Música e voltar a investir na Orquestra Municipal, além de promover o Festival da Diversidade Cultural em diferentes pontos da cidade.


Guilherme Prado (PSOL) - Vamos descriminalizar a cultura e combater a violência contra os artistas de rua. Aumentar o orçamento (hoje apenas 0,2%). O orçamento vai ser gerido de forma mais autônoma pelos movimentos de cultura, e não por novas organizações sociais desse setor. Santos terá cultura o ano inteiro e em todos os bairros. A Cultura ajuda na socialização dos meios de governar. Vamos, por exemplo, realizar apresentações culturais antes das plenárias de decisão do orçamento participativo. Não há transformação sem cultura!


Ivan Sartori (PSD) - As manifestações de cultura e lazer precisam fazer parte da economia criativa, com geração de emprego e renda. Vamos resgatar os festivais de música e dança para a revelação de talentos santistas, e ajudar a desenvolver o turismo e a agenda cultural da nossa cidade. Criação da fábrica de cultura, um espaço público para cursos, aulas e oficinas de artes, música, danças etc. Apoio aos artistas locais, estrutura para trabalharem em qualquer lugar, tanto na música, dança e artes de forma geral. 


João Villela (Novo) - A Cultura é fundamental na construção de uma Santos culturalmente ativa, empreendedora e para todos. Além de contribuir para a Educação, é necessário um ambiente cultural que valorize nossos talentos e mentes pensantes, e possibilite a concretização de novas ideias. Que funcione também como fomento econômico, movimentando toda a cadeia criativa, atraindo investimentos, festivais, estúdios de cinema, streaming, manifestações de todas as vertentes artísticas. Buscaremos valorizar o patrimônio histórico e a memória santista.


Luiz Xavier (PSTU) - Cultura é modo de vida e existência, vontade de mudar e resistir à massificação cotidiana da reprodução capitalista e da alienação do trabalho. Não adotaremos a visão empresarial que faz da cultura mercadoria. As prioridades culturais serão infraestrutura, recursos humanos e orçamentários públicos, orientados para valorizar a cultura popular, de rua, negra, quilombola e indígena. Vamos constituir e ampliar escolas de arte e equipamentos culturais municipais nos bairros e no centro histórico.


Marcelo Coelho (PRTB) - Eu eleito, quero montar uma estrutura para elaboração, captação e prestação de contas de projetos ligados às leis Proac, Lei Rouanet e outros incentivos fiscais apresentados pelo Governo Federal ou Estadual. Junto com a Câmara, criar a lei de cultura municipal, assim como é o Promifae para o esporte. Isso será muito importante para custear pequenos projetos na cidade, além de ser gerador de emprego, porque para você produzir vai precisar contratar pessoas daqui, criar espetáculos. 

Marcio Aurélio Soares (PDT) - Garantir e investir em concursos anuais do Facult, por categorias, otimizando prazos; investir na rede de festivais; democratizar os palcos municipais; estimular a ocupação artística de espaços públicos; mediar com os órgãos públicos pela vocação cultural da Cadeia Velha e da Praça dos Andradas; defender os artistas de rua; criar o agente comunitário de esporte e cultura; criar uma TV Caiçara; e dialogar com os mais de 800 trabalhadores de cultura, fazendo de Santos uma plena Cidade Criativa.

Moysés Fernandes (PV) - Santos tem que ser referência na cultura. Destaque nacional. Espalhar a cultura por todos os cantos, ocupar espaços ociosos e investir forte para garantir mínimas condições para os artistas da cidade. Precisamos envolver tecnologia e oferecer visitas através de plataformas on-lines de todas nossas estruturas culturais para o santista e turistas de todo o mundo. Democratizar a cultura e garantir a integração da cultura, turismo e patrimônio histórico, garantindo geração de riquezas e empregos


Rogério Santos (PSDB) - Nosso projeto busca valorizar os talentos da cidade e o patrimônio cultural. Vamos fortalecer as atividades culturais nas Vilas Criativas e no contraturno escolar para formar público e incentivar os artistas locais. Ampliar os fomentos por meio do Facult e de editais como o de curtas-metragens. Vamos criar cursos de Audiovisual, DJ e Ritmistas para formar os jovens. Implantaremos a primeira Escola Pública de Cinema, segmento reconhecido pela Unesco, e fortaleceremos os cursos do Fábrica Cultural.


Tanah Corrêa (Cidadania) - Criação de roteiro cultural que valorize e divulgue a produção cultural existente na cidade. Priorizar a conservação e a dinamização dos equipamentos culturais públicos como os teatros, cinemas, centro de cultura, bibliotecas e centros da juventude. Promover uma maior participação dos grupos artísticos locais nos equipamentos culturais do município. Descentralização das feiras de artesanato. Instalação da Biblioteca Central (hoje na Sociedade Humanitária) em imóvel apropriado e de fácil acesso


Thiago Andrade (PCdoB) - Ampliar e diversificar o acesso ao Fundo de Assistência à Cultura (Facult), com editais semestrais que contemplem a diversidade cultural erudita e popular. Incentivar a formação de cooperativas culturais. Estabelecer Roteiro Cultural como permanente. Incentivar a atividade cultural ao ar livre na orla, no Sambódromo, nas praças, nos morros e na área continental, inclusive nas escolas. Ampliar a rede de “embaixadores culturais”. Promover a Cultura da Paz multiétnica, multigênero e plurirreligiosa.

Vicente Cascione (Pros) - Inserir cultura no desenvolvimento econômico e social de Santos, tornando-a uma cidade 24 horas, divulgando nossa criatividade e garantindo que cada santista tenha a chance de se envolver com a cultura. Oferecer condições para que empresas criativas de ponta se instalem na Cidade. Três prioridades como estratégia: mais pessoas experimentando e criando cultura, dar condições de sustentabilidade para locais culturais e históricos e investir em uma força de trabalho criativa e diversificada.


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