Comerciantes pedem mais investimento no setor em Praia Grande

Cidade tem o 4º maior Produto Interno Bruto (PIB) da Baixada Santista, atrás das cidades de Santos, Cubatão e Guarujá.

Por: Liliane Souza  -  08/10/20  -  17:44
Comerciantes cobram melhorias na segurança pública e em serviços essenciais
Comerciantes cobram melhorias na segurança pública e em serviços essenciais   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Mais assistência e investimento em melhorias na segurança pública estão entre as reivindicações de comerciantes de Praia Grande. Proprietários de estabelecimentos ouvidos por ATribuna.com.br pedem que o poder público dê mais atenção ao setor, que está entre os que mais aquecem a economia da cidade.


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“O comerciante hoje é um pouco abandonado aqui pela Praia Grande. Por exemplo, na área da segurança. Tem gente que nem vem mais aqui por causa dos roubos”, conta o comerciante Wilson Seignemartin, 63 anos, proprietário de uma loja de materiais eletrônicos, no bairro Ocian.


Quando precisou fechar as portas da loja devido à pandemia de Ccovid-19, ele diz que não recebeu assistência do poder público. "(Nas regras de isolamento), o comerciante só ficou sabendo o que fazer com informações da internet. Não teve ninguém para dar uma assistência aos comerciantes sobre qual comércio poderia abrir, qual não poderia. Eu mesmo sou um deles que andei meio perdido”, conta.


O comerciante também pede mais atenção nas áreas da iluminação pública e da limpeza urbana. “Tem vezes que a lâmpada (do poste de iluminação pública) queima e fica muito escuro. A gente liga lá (setor da prefeitura) e não falam nada”, diz Wilson, que pede uma resposta mais rápida essa demanda.


O comerciante Valmir Laluci de Sá, 63 anos, tem uma loja de laticínios no bairro Quietude. Ele elogia a atual gestão do município, mas também afirma que a área da segurança precisa de mais reforço.


“Eu gasto R$ 180 por dia com segurança particular. Isso porque pago impostos municipal, estadual e federal. A única coisa que tem é Guarda Civil Municipal (GCM), mas a Polícia Militar sumiu”, comenta.


No outro lado da cidade, no bairro Guilhermina, a segurança também está no topo das necessidades. “Abrimos a loja às 9h30 e fechamos 18h. Dá para contar quantas vezes a GCM e a PM passam, e se passam”, conta a comerciante Fabiana Bettencourt dos Santos, 44 anos, proprietária de uma loja de materiais elétricos no bairro Guilhermina.


Para ela, além de aumentar o policiamento no bairro, também é preciso investir em incentivos ao comércio local. “Nós pagamos IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) alto e arrecadamos todos os impostos, mas nada de incentivos”, diz.


Economia


Praia Grande tem o 4º maior Produto Interno Bruto (PIB) da Baixada Santista, atrás das cidades de Santos, Cubatão e Guarujá. De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB da cidade passou de R$ 6,1 milhões em 2016 para R$ 6,8 milhões em 2017.


Procurada por ATribuna.com.br, a prefeitura afirma que investe constantemente em obras e serviços que fomentam a economia e mantém a cidade em pleno desenvolvimento. A municipalidade informa, ainda, que oferece incentivos fiscais a hotéis e colônias de férias, com desconto de 50% no IPTU, e também a faculdades e escolas particulares, com redução de até 2% no ISS (Imposto Sobre Serviços).


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