Cientistas políticos analisam eleição de sucessor de Paulo Alexandre Barbosa em Santos

Rogério Santos (PSDB) foi eleito prefeito no primeiro turno, com 50,5% dos votos válidos

Por: Maurício Martins & Da Redação &  -  16/11/20  -  10:50
Atualizado em 16/11/20 - 10:58
Rogério Santos (PSDB) foi eleito prefeito no primeiro turno, com 50,5% dos votos válidos
Rogério Santos (PSDB) foi eleito prefeito no primeiro turno, com 50,5% dos votos válidos   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Rogério Santos (PSDB) foi eleito prefeito de Santos no primeiro turno, com 50,5% dos votos válidos. O dentista, apoiado pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), ocupou o cargo de secretário de Governo na atual Administração e já vinha subindo nas pesquisas, confirmando o favoritismo nas urnas. 


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Como conquistou mais da metade dos votos válidos, ele acabou com o sonho Ivan Sartori (PSD), segundo colocado, com pouco mais de 18%, que lutava pelo segundo turno. Sartori carregava o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 


O cientista político Alcindo Gonçalves, coordenador do Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT) ressalta que a última pesquisa eleitoral feita pelo IPAT em Santos, publicada na sexta-feira, já mostrava Rogério Santos com ampla vantagem sobre os demais, além da subida de Ivan Sartori, que pela primeira vez ocupava a segunda posição, após Bolsonaro gravar um vídeo em apoio ao postulante do PSD. 


“Os resultados de Santos estão dentro daquilo que estava nas previsões das pesquisas IPAT. Os levantamentos mostravam uma vantagem grande do Rogério Santos. Ele já atingia 39% das intenções de votos na última pesquisa e avançou um pouquinho mais, conquistando indecisos e vencendo no primeiro turno”, explica Gonçalves. 


O coordenador do IPAT lembra que pesquisa não tem intenção de acertar matematicamente os números, mas indica tendências. “Se avaliarmos a evolução das três rodadas de pesquisa que foram feitas, vamos perceber claramente que mostravam um crescimento forte do Rogério, depois uma estabilização e que Sartori estava em trajetória ascendente, o que se confirmou”. 


Alcindo afirma que a avaliação do atual prefeito, cujo Governo é bem avaliado, foi fundamental, além do programa de televisão, que teve o maior espaço na propaganda eleitoral. “Neste ano teve uma importância acentuada, tendo a vista a pandemia, as pessoas ficaram mais em casa. E ele teve o apoio de mais da metade dos vereadores que concorreram, o que fortaleceu sua candidatura. A eleição foi um feito e tanto, na medida em que eram 16 candidatos”. 


O professor de Ciência Política Leandro Matsumota também credita a eleição de Rogério à alta aprovação de Paulo Alexandre Barbosa e à pulverização de votos. “Santos nunca teve tanta gente como candidato como nessa eleição, isso fatalmente facilita para o candidato que tem mais tempo de TV e facilitou para o Rogério”. 


Resultados finais: 


Rogério Santos (PSDB) - 50,58% (101.268 votos) 


Ivan Sartori (PSD) - 18,6% (37.231 votos) 


Douglas Martins (PT) - 7,10% (14.221 votos) 


Vicente Cascione (PROS) - 6,99% (13.999 votos) 


Guilherme Prado (PSOL) - 4,11% (8.230 votos) 


Banha (MDB) - 3,87% - (7.757 votos) 


João Villela (NOVO) - 3,58% (7.177 votos) 


Marcio Aurelio (PDT) - 1,37% (2.736 votos) 


Bayard (PTB) - 0,92% (1.832 votos) 


Thiago Andrade (PC do B) - 0,68% (1.367 votos) 


Moysés Fernandes (PV) - 0,55% (1.1028 votos) 


Marcelo Coelho (PRTB) - 0,52% (1.047 votos) 


Delegado Romano (DC) - 0,44% (876 votos) 


Tanah Correa (Cidadania) - 0,33% (669 votos) 


Carlos Paz (Avante) - 0,24% (473 votos) 


Luiz Xavier (PSTU) - 0,11% (230 votos) 


Total - 229.006 


Válidos - 200.215 (87,43%) 


Brancos - 10.684 (4,66%) 


Nulos - 18.107 (7,91%) 


Abstenções - 112.861 (33,01%) 


*Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)


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