Campanha eleitoral custa R$ 830 milhões na Baixada Santista

Cifra leva em conta quantidade de candidatos nos nove municípios e limite de gastos permitido pela Justiça Eleitoral

Por: Rafael Henrique  -  31/10/20  -  18:22
Atualizado em 31/10/20 - 18:26
Em cifras, crescimento do salário mínimo será de R$ 52 em 2019
Em cifras, crescimento do salário mínimo será de R$ 52 em 2019   Foto: Agência Brasil

Cerca de R$ 830 milhões devem ser gastos entre os candidatos às prefeituras e Câmaras de vereadores nos nove municípios da Baixada Santista. O valor foi apurado por ATribuna.com.br, tendo como base a quantidade de concorrentes na disputa pelo voto do eleitorado e o limite de gastos permitido pela Justiça Eleitoral. 


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A efeito de comparação, o montante é mais do que o dobro do gasto na região para conter a escalada de casos de Covid-19, que soma R$ 306 milhões – ou de 37% do valor total utilizado pelas campanhas. 


O montante a ser usado pelas campanhas conta no cruzamento de dados feitos por ATribuna.com.br. Foram analisados o número de candidatos de cada cidade e o valor total disponível para utilização na campanha. Esses gastos levam em conta o teto máximo autorizado pela Justiça Eleitoral. 


Mesmo assim o número em efeitos de comparação, segundo dados do IBGE 2017, é quase o PIB da cidade de São Vicente 957 milhões, gastos em apenas dois meses do ano. 


Gastos por cidade 


Santos lidera os gastos com R$ 408 milhões. A maior fatia está na campanha pelas 21 cadeiras do Legislativo, que soma R$ 378 milhões para vereadores. Já os 16 concorrentes ao Palácio José Bonifácio, sede do Executivo local, contam com teto de R$ 30,4 milhões. 


São Vicente vem na sequência, com um total R$ 113,8 milhões – sendo R$ 101 milhões para vereadores e R$ 12,8 milhões entre os prefeituráveis. Em Praia Grande, a previsão é de R$ 101,6 milhões, entre a corrida para o Legislativo (R$ 84 milhões) e Executivo (R$ 17,6 milhões). 


Guarujá que pode ter um total de R$ 28,8 milhões voltados para as campanhas, sendo R$ 22,7 milhões entre os candidatos ao cargo de vereadores e R$ 6,1 milhões entre os prefeituráveis. 


Cifras similares são estimadas em Cubatão. A previsão é de um teto de gastos na ordem de R$ 28,8 milhões, sendo R$ 22,7 milhões para vereadores e R$ 6,1 milhões para prefeitos. 


Nas demais cidades, os montantes ficam abaixo dessa marca. Itanhaém estima gasto de R$ 27,1 milhões (R$ 24,7 milhões para vereador e R$ 2,4 milhões ao Executivo) e Peruíbe, R$ 25,4 milhões (R$ 15,5 milhões para vereadores e R$ 2,9 milhões para os candidatos à prefeitura). 


Menores colégios eleitorais da Baixada Santista, Bertioga tem teto de R$ 13,3 milhões – R$ 7,2 milhões entre os candidatos a vereador e R$ 7,8 milhões ao Executivo) e Mongaguá, R$ 8,3 milhões,  sendo R$ 7,8 milhões para vereadores e  R$ 1,1 milhão para prefeitos.  



Número de candidatos:   


Santos: 16 candidatos à prefeitura e 480 ao cargo de vereadores;


São Vicente: 8 candidatos à prefeitura e 366 ao cargo de vereadores. 


Praia Grande: 8 candidatos à prefeitura e 514 ao cargo de vereadores;


Guarujá: 10 candidatos à prefeitura e 385 ao cargo de vereadores; 


Cubatão: 9 candidatos à prefeitura e 330 ao cargo de vereadores; 


Itanhaém: 9 candidatos à prefeitura e 260 ao cargo de vereadores;  


Peruíbe: 9 candidatos à prefeitura e 323 ao cargo de vereadores;  


Mongaguá: 5 candidatos à prefeitura e 200 ao cargo de vereadores; 


Bertioga: 8 candidatos à prefeitura e 160 ao cargo de vereadores; 


Baixada Santista: 3.099 candidatos concorrendo nas eleições de 2020. 


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