Artigo: Por que ser prefeito? Pelo candidato a prefeito de Santos, Bayard

Candidato pelo PTB conta por que decidiu candidatar-se à vaga de chefe do Executivo de Santos

Por: Da Redação  -  20/10/20  -  12:22
  Foto: Carlos Nogueira/AT

Bayard Umbuzeiro
Cidade: Santos
Partido: PTB
Número: 14


Governar, de forma diferente


Decidi sair candidato a prefeito de Santos por várias razões. A primeira delas é o desejo de retribuir tudo o que recebi da minha Cidade, desde as oportunidades de formação profissional. Foi aqui onde pude estudar e me formar em Direito, constituí minha família com três filhos e oito netos e optei pela vida empresarial, que exerço há mais de quatro décadas e meia.


Santos é uma cidade maravilhosa, acolhedora, solidária e de uma importância ímpar no contexto da vida política do País, desde a atuação de José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da nossa Independência.


Há quatro décadas, Santos vem perdendo espaços no contexto econômico do Estado. Não consegue impulsionar sua economia, mantém uma máquina pública emperrada e, por mais que evolua sua arrecadação, não consegue oferecer serviços a contento das demandas sociais.


Nos últimos 16 anos, Santos registrou uma arrecadação de impostos de R$ 33,9 bilhões, mas gerou de investimentos públicos apenas R$ 1,777 bilhão, ou 5,2% dos impostos.


Destinou aos servidores públicos somente 46,57% da sua arrecadação, ou R$ 15,8 bilhões, economizando R$ 2,5 bilhões em relação ao limite legal de dispêndio com pessoal, sem conseguir sequer reverter esta economia em prol da expansão de serviços públicos.


A média de internações hospitalares dos últimos dois governos de oito anos foi quase idêntica, ou seja, 1.800 pacientes por mês. A rede municipal de ensino público, entre 2005 e 2020, perdeu 4,5 mil alunos e hoje quase metade dos estudantes da Educação Básica, da creche ao Ensino Médio, está na rede privada.


Nossos dois últimos gestores foram engolidos pelo custo fixo da máquina pública e não atenderam aos interesses efetivos da população, nem mesmo aos direitos dos servidores públicos.


Governar impõe saber estabelecer prioridades. Negociar preços e contratações, honrando o dinheiro público como se fosse o seu próprio patrimônio. E isto não se aprende na política. Aprende-se gerindo um negócio próprio, enfrentando as adversidades com afinco.


O aumento da arrecadação deve ser resultado na expansão da economia, da geração de renda, de empregos e de consumo. Da expansão da receita provém a evolução da oferta de serviços. 


Santos possui uma generosa receita de impostos, mas clama por um gestor que tenha sucesso comprovado na vida privada. É um risco largar uma prefeitura nas mãos de quem nunca administrou coisa alguma. O endividamento público é uma prova disto.


Logo A Tribuna
Newsletter