Será que existe idade certa para estudar para concursos públicos?

Por: Martha Vergine  -  14/01/19  -  03:39
  Foto: Fonte: Jilbert Ebrahimi (Unslpash)

Uma aluna certa vez me contou que estava desistindo de estudar para o concurso público que queria tanto porque acreditava ser tarde demais para realizar esse sonho. Ela ao se comparar com os outros alunos do cursinho preparatório que se matriculou, constatou que era a aluna mais velha da sala. E, por ter “mais idade” que seus colegas, tudo para ela seria bem mais difícil, era impossível competir com aqueles jovens.


Divido parte da nossa conversa porque que esse pensamento é muito comum numa parcela de pessoas que sonham em passar em concursos.


Muitos realmente creem ser verdadeira essa ideia. Acreditam que a capacidade estudar e aprender se reduz com o passar do tempo e, literalmente, acabam desistindo de realizar um sonho por achar que o seu momento passou.


Afinal, já faz muitos anos que não pego num livro...


Nem me lembro como estudava na época da escola...


E essa molecada então, cheios de internet e aplicativos, com certeza aprenderão mais rápido do que eu...


Ahhh! Pode parar!


Ninguém perto de mim irá desistir tão fácil de um sonho. Ainda mais por causa de desculpas tão infundadas.


Não deixei minha aluna continuar com essa ideia, por óbvio! E se você um dia pensou que está “muito velho” ou até “muito novo” para alguma coisa, continue lendo esse texto.


Culpar a idade ou jogar nela a responsabilidade por não conseguir realizar os seus objetivos é covardia.


Você realmente acredita que o mundo é dos jovens? Para eles tudo é mais fácil?


Ledo engano. Ledo engano.


Você ousa me dizer qual a idade que a minha aluna tinha quando tivemos o diálogo que inicia esse texto?


Diz aí?


Acha que ela tinha 55, 65, 85 anos????


Nada disso. Ela tinha... presta atenção: 38 anos! Sim, trinta e oito anos!!!!


Uma garotinha.*


Pode acreditar, chega a ser engraçado, mas a grande parte das pessoas que tem essa dúvida, muitas vezes são pessoas com idade cronológica jovem, porém acreditam que para o estudo estão velhas.


Quem foi o insano que propagou o mito que com mais de 30, 40, 50 anos a pessoa não tem mais idade para voltar a estudar?


O estudo é tão maravilhoso, pois não tem preconceito e é democrático.Basta saber usá-lo e, com certeza, o resultado será alcançado. Pouco importa se você é homem ou mulher, negro ou branco, australiano ou brasileiro, jovem ou idoso.


Ao estudar da forma correta o aprendizado acontece, independentemente da data de nascimento. Não conheço uma só pessoa que tenha estudado com determinação para algum objetivo e não tenha atingido o sucesso simplesmente por causa da idade.


E não estou falando apenas sobre concursos públicos, pois oestudo é importante e presente em diversas áreas da nossa vida. Podemos querer estudar uma nova língua, uma nova técnica no trabalho, uma arte marcial, um estilo de dança ... o que for. Basta dedicação e persistência que o resultado chega.


Em nossos dias, a ciência e os avanços da medicina proporcionaram maior longevidade às pessoas e com facilidade podemos chegar “com saúde” a idades antes pouco alcançadas.


E, - definitivamente - aprender não tem limite cronológico.


Aprendemos desde que nascemos e,com boa vontade, podemos aprender até o último dia de vida.


São ilimitados os exemplos de recomeços pessoais e profissionaisdepessoas com mais de 50 anos. Relacionamentos lindos são iniciados com mais de 60 anos. Viagens maravilhosas vivenciadas por quem tem mais de 70 anos.


Por qual razão começar ou recomeçar os estudos teria prazo de validade?


Pense nisso e esqueça sua data de nascimento.


Volte a estudar e dê uma guinada na sua vida.


No próximo aniversário comemore mais do que um ano a mais de vida, comemore um ano a mais de novos aprendizados!!!


Te encontro nas minhas redes sociais. Me siga lá!


INSTAGRAM @euestudocerto


FACEBOOK /euestudocerto


*Obs: Digo isso porque estou com 39 anos, e é sempre bom um reforço na autoestima, não acha? ;)


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
Ver mais deste colunista
Logo A Tribuna
Newsletter