A 'canetada' de João Doria e suas 'coincidências'

De uma vez só, 58 convênios assinados pelo ex-governador Márcio França (PSB), entre os dias 18 e 28 de dezembro, foram suspensos para 'análise'

Por: Alexandre Lopes  -  08/01/19  -  19:11
Com ascensão de Doria, Mourão fica na vitrine entre prefeitos da Baixada Santista
Com ascensão de Doria, Mourão fica na vitrine entre prefeitos da Baixada Santista

Em apenas uma 'canetada', o novo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tomou uma atitude que mexeu com o orçamento de seis cidades da nossa região.


De uma vez só, 58 convênios assinados pelo ex-governador Márcio França (PSB), entre os dias 18 e 28 de dezembro, foram suspensos para 'análise'.


Por coincidência [ou não] a cidade mais afetada na Baixada Santista foi São Vicente, que perdeu R$ 47 milhões que seriam utilizadas em diversas obras de infraestrutura consideradas emergenciais na cidade.


Não tem como ignorar o fato que, durante a campanha eleitoral de 2018, Márcio França, ex-prefeito de São Vicente, e João Doria tiveram embates fortíssimos que tornaram o pleito um dos mais rivalizados dos últimos tempos.


Além de São Vicente, Santos, Guarujá, Itanhaém, Pedro de Toledo e Itariri também sofreram com a fúria da 'caneta' do governador João Dória.


No caso de Santos, mais uma vez, por coincidência [ou não], é notório que João Dória e Paulo Alexandre Barbosa, prefeito da cidade, não possuem uma relação amistosa.


Durante a eleição, PAB não fez questão alguma de esconder sua preferência por Marcio França, chegando ao ponto de sofrer ameaças de expulsão do próprio PSDB.


Podemos dizer também, voltando as coincidências [ou não], que Praia Grande, do prefeito Alberto Mourão, passou incólume pela canetada de Dória. Mourão chegou a pedir verba para o então governador Márcio França, mas não recebeu nenhuma resposta. Vale dizer que Mourão foi coordenador regional da campanha do tucano Dória.


Ele mesmo, Mourão, que despontou, após a vitória de João Dória na Capital, como a principal liderança política da Baixada Santista...


Resposta
Em contato com a coluna, a Prefeitura de Praia Grande reforça que não houve corte de convênios porque não havia o que cortar, já que não recebeu nenhum recurso extraordinário. A administração Mourão afirma, também, que não foi tratada com igualdade pelo governo anterior. Em determinado momento, houve uma solicitação de R$ 4 milhões para realização de recapeamento e pavimentação asfáltica, mas a cidade não foi beneficiada.


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