Verão exige atenção com as crianças nas praias da Baixada Santista

1ª tenente da Polícia Militar, Carolina Oliveira Akamine, do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), fala sobre os cuidados necessários com os menores

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  21/01/20  -  00:03
De janeiro a novembro de 2019, 949 crianças se perderam nas areias das praias de São Paulo
De janeiro a novembro de 2019, 949 crianças se perderam nas areias das praias de São Paulo   Foto: Sílvio Luiz/AT

Ao encontrar uma criança perdida, o correto é procurar os pais ou aguardar na areia batendo palmas? Nem todo mundo sabe o que fazer exatamente e, na Baixada Santista, ter essa informação é importante já que ano passado, Praia Grande foi a cidade com mais crianças perdidas na areia, em todo o litoral do estado.


De janeiro a novembro de 2019, 949 crianças se perderam nas areias das praias de todo o estado – 615 delas em Praia Grande, 64,8% do total.


Com o fim das férias chegando, nem é preciso fazer tanto sol para ter as praias cheias. Com isso, o risco aumenta. Segundo a 1ª tenente da Polícia Militar, Carolina Oliveira Akamine, do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), cuidados simples podem reduzir os riscos e diminuir o desespero. E nunca se deve pegar a criança pela mão e sair com ela para procurar, sozinho, um responsável. Isso atrasa o encontro e aumenta o nervoso da criança e familiares.


Prevenção


O primeiro passo para não perder a criança é não perdê-la de vista, deixando-a sempre com um responsável, explica ela.


“O correto e ideal é que estejam sempre acompanhadas de um adulto, afinal, se até mesmo um adulto tem certa dificuldade em se localizar, principalmente quando há fluxo grande de banhistas, imagine uma criança”.


Mesmo assim, bastam alguns segundos para perder a criança de vista. Então o melhor é apostar na prevenção, garante a tenente.


“Os responsáveis podem solicitar as pulseirinhas de identificação ao guarda-vidas do setor ou nos postos de salvamentos. Pode levar qualquer caneta para preencher. Serve qualquer pulseirinha. Pode ir com ela de casa. Basta ter nome da criança, do responsável e telefone para contato”.


Se perder ou encontrar


O melhor lugar para procurar a criança é no cadeirão do salva-vidas, ou posto de salvamento. Ali, cada profissional pode mandar, no rádio comunicador, a informação para outros pontos, facilitando o encontro caso a criança tenha se distanciado muito do local onde se perdeu.


Ao encontrar, é importante imediatamente levar a criança ao salva-vidas, cadeirão ou posto da praia, mesmo que a criança esteja com a pulseira de identificação com o contato ali.


Palmas ajudam?


No caminho até esses pontos é possível recorrer ao artifício criado pelo Anjos do Verão em 2006, que de lá para cá já ajudou a levar mais de 1.500 crianças aos responsáveis, apenas batendo palmas – prática já comum até com turistas.


Rui Silva, educador, criador e coordenador projeto desde que foi criado, explica que basta bater palmas ao encontrar a criança, para chamar a atenção de quem procura. Mas, isso deve ser feito sempre com a criança perdida, nunca com os pais que procuram.


“Senão, confunde. E se mais gente puder ajudar, a dica é após chegar no cadeirão dos bombeiros, grupos se dividirem batendo palmas juntos, em direções diferentes. Todos devem informar onde a criança está caso alguém perguntar”, explica.


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