Após 2 meses de angústia, família reconhece corpo de desaparecido no litoral de SP: 'Enterro digno'

Familiares aguardavam análise de exame que comprovaria identidade do cadáver encontrado em um rio poucos dias após desaparecimento do aposentado Valdomiro de Lima

Por: Ágata Luz  -  12/03/21  -  12:22
Valdomiro de Lima tinha 72 anos e sofria mal de alzheimer
Valdomiro de Lima tinha 72 anos e sofria mal de alzheimer   Foto: Fotos: Arquivo Pessoal

O aposentado Valdomiro de Lima, de 72 anos, foi visto pela última vez no dia 31 de dezembro de 2020 na Vila de Pedrinhas, em Ilha Comprida. Quatro dias depois, um corpo foi encontrado no rio do município. Porém, a família não foi autorizada a reconhecer, já que o cadáver estava em estado de decomposição. Hoje, dois meses depois, os familiares finalmente respiram aliviados por terem uma resposta e poderem se despedir do idoso. "Queremos fazer um enterro digno para ele", afirma a sobrinha, Edina da Silva.


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Para confirmar se tratava-se do idoso desaparecido, era necessário o resultado do exame da coleta de falanges, que é analisado na capital paulista. Desta forma, o cadáver ficou no Instituto Médico Legal (IML) de Registro e a família deveria aguardar o reconhecimento. ParaATribuna.com.br, o IML relatou que as coletas são levadas para análise a cada 15 dias.


No entanto, a família recebeu a confirmação de que o corpo era de Valdomiro apenas dois meses após o desaparecimento do idoso. Isso porque o resultado chegou até os parentes nesta terça-feira (9). "Eu ligava no IML todos os dias", relata Edina.


A resposta sobre o paradeiro de Valdomiro trouxe mais calma para os familiares: "A gente se sente mais aliviado porque queríamos encontrar ele, com vida ou sem vida". De acordo com a sobrinha, o desejo da família é se despedir do idoso, por isso o sepultamento irá acontecer no sábado (13).


Causa da morte


Uma aflição ainda segue com a família. Segundo Edina, não saber a causa da morte levanta muitas dúvidas aos parentes de Valdomiro. "No documento consta-se causa não determinada. Não teve espancamento, tiro, facada, nenhum osso quebrado. O que pode ter sido é um mau-súbito ou afogamento, mas não tem como identificar por conta do estado do corpo", explica a sobrinha.


"A gente fica com a suspeita do que aconteceu... Ele não se jogaria em rio", desabafa Edina.


Relembre o caso


Valdomiro sofria mal de alzheimer e, ao desaparecer, a família procurou em diversos locais, mas não obteve nenhuma pista. O corpo encontrado, desta forma, parecia a opção mais provável. Porém, algumas características - citadas por quem viu o cadáver - não correspondiam com Valdomiro e a dúvida tornava o dia dos familiares cada vez mais angustiantes.


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