Uvebs lança manifesto pela unificação das eleições em 2022

Entidade, que representa o Legislativo da Baixada Santista, cita avanço da pandemia e crise econômica para justificar o pleito

Por: Por ATribuna.com.br  -  12/05/20  -  00:15
Atualizado em 12/05/20 - 00:21
Eleições municipais e poder econômico, uma equação que não fecha
Eleições municipais e poder econômico, uma equação que não fecha   Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

A União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs) divulgou um manifesto onde propõe a unificação das eleições municipais, que devem ser realizadas neste ano, com as eleições gerais de 2022. O avanço da pandemia de coronavírus e a crise econômica são as justificativas adotada pelo colegiado para o pleito.


Segundo a entidade, a alteração poderia gerar uma economia de cerca de R$ 5 bilhões, que poderiam ser investidos em saúde e na recuperação de pequenas empresas. O montante é apontado pela Uvebs como custo das eleições municipais de 2020. São R$ 2 bilhões oriundos do Fundo Partidário, somado ao custo das eleições, que é estimado em cerca de R$ 1 bilhão, pelo TSE. Também entra na conta a aquisição de 180 mil novas urnas eletrônicas, em processo de licitação. A compra pode custar até R$ 1,76 bilhão, de acordo com os números divulgados pelas empresas que disputam a licitação. 


A prorrogação do isolamento social no estado de São Paulo, até 31 de maio, também foi um dos motes para o documento. “Sabemos que a curva de casos em todo o Brasil está aumentando, ao invés de diminuir, e isto se deu pelo relaxamento precoce da população. As eleições estão marcadas para outubro, mas não sabemos o que pode acontecer até lá”, ressaltou o presidente em exercício da entidade, Pedro Garofalo.


De acordo com levantamentos como do Imperial College London, que acompanha os casos de coronavírus em todo o planeta, o Brasil é o epicentro da epidemia na America Latina, pois dobra de casos a cada cinco dias. A projeção ainda garante que o País pode ultrapassar o número de óbitos da Itália e Espanha, pois a taxa de mortalidade por causa da Covid-19 varia entre 0,7% e 1,2% dos contaminados. O resultado representaria mais de um milhão de mortes no país caso toda a população fosse infectada.


Garofalo também ressaltou que, com cenário incerto não há condições para debates e que esta é uma situação ruim para candidatos e eleitores. “Outro risco é o grande índice de abstenção, que, se for maior que 50%, por exemplo, pode invalidar as eleições, fazendo o país perder R$ 5 bilhões, em um momento tão delicado”, finalizou.


Logo A Tribuna
Newsletter