Um em cada 6 docentes está no grupo de risco para Covid

Movimento Todos pela Educação sugere planejamento, articulação e diálogo para aula presencial voltar

Por: Tatiane Calixto  -  12/02/21  -  22:03
TPE afirma que autoridades devem reavaliar as prioridades de acordo com os índices de cada região
TPE afirma que autoridades devem reavaliar as prioridades de acordo com os índices de cada região   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Pelo menos 16,84% dos professores das redes municipais da Baixada Santista encontram-se no grupo de risco para a covid-19. Doa 9.033 docentes das redes que informaram dados — São Vicente, Peruíbe e Mongaguá ainda não dispõem de levantamento —, 1.522 têm mais de 60 anos ou alguma comorbidade, o que eleva a chance de complicações em caso de infecção pelo novo coronavírus.


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Segundo o infectologista Marcos Caseiro, o avanço da pandemia mostrou que pessoas com doenças crônicas como diabetes, hipertensão e asma, além dos idosos acima de 60 anos, são mais suscetíveis a complicações e mortes por Covid-19.


Dessa forma, na retomada das atividades presenciais nas escolas, as prefeituras terão que lidar com um planejamento específico para manter profissionais deste grupo em trabalho remoto, pelo menos até a vacinação do grupo.

O Movimento Todos pela Educação (TPE) faz uma campanha pela reabertura das escolas. Mas, conforme a organização, esse retorno não pode acontecer de qualquer forma. Na medida em que uma nova onda da pandemia se consolida, o TPE afirma que as autoridades devem reavaliar suas prioridades de acordo com os índices de cada região, ouvir as autoridades de Saúde e a comunidade escolar .


O movimento alerta que, para reabrir com segurança, é preciso planejamento, articulação e diálogo sobre as medidas tomadas. Entre elas, o afastamento dos professores do grupo de risco, melhorias de infraestrutura e construção de um plano de retomada curricular.


Cidades


Entre as cidades que já fizeram esse levantamento, estão Praia Grande e Cubatão, que ainda não iniciaram atividades presenciais e permanecem em ensino remoto. Na primeira, dos 1.808 professores, 361 estão no grupo de risco. Segundo a Prefeitura, já existe um plano para possíveis substituições. Em Cubatão, dos 1.185, 234 têm alguma comorbidade.


Em Guarujá, onde as atividades das creches já voltaram e, nos outros níveis, retornarão no dia 22, até agora há 32 professores afastados das aulas presenciais, que atuarão em teletrabalho. As classes e aulas em aberto são oferecidas prioritariamente aos professores da rede como carga suplementar. Depois disso, poderão ser chamados docentes para contrato temporário (por meio do processo seletivo 001/2019).


Em Santos, levantamento apontou que dos 3.303 professores, 537 são considerados do grupo de risco e não voltaram para o esquema de ensino híbrido. Conforme a Prefeitura, cada unidade se organiza com o número de funcionários disponíveis.
Na rede municipal de Itanhaém, dos 1100 professores, 298 estão no grupo de risco. Para as aulas, que começaram no dia 8 de forma híbrida, a Administração conta com professores substitutos e também chamará docentes do concurso público.


Infectologista Marcos Caseiro alerta sobre idade e vulnerabilidade
Infectologista Marcos Caseiro alerta sobre idade e vulnerabilidade   Foto: Alexsander Ferraz/AT

O chamamento de profissionais que realizaram processo seletivo também será alternativa para cobrir 60 dos 600 professores de Bertioga que ficarão em esino remoto a partir da retomada das atividades presenciais, no próximo dia 22. “A idade e a vulnerabilidade são dois fatores fundamentais para a participação presencial nesta retomada, além de um monitoramento constante da situação real de cada lugar“, avalia Marcos Caseiro.


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