Tragédia com deslizamentos na Baixada Santista tem mais mortos do que desastre em Mariana

Números tornam o desastre maior do que o acontecido na cidade mineira, em 2015

Por: Por ATribuna.com.br  -  09/03/20  -  10:44
Deslizamentos no Morro São Bento ocasionou cinco mortes
Deslizamentos no Morro São Bento ocasionou cinco mortes   Foto: Carlos Nogueira/AT

O número total de vítimas da tragédia com deslizamentos que afetou as cidades de Santos, São Vicente e Guarujá ultrapassa o de mortes registradas no incidente em que uma barragem de rejeitos se rompeu atingindo Mariana, em Minas Gerais, em 2015. Os dois desastres marcaram a história do país.


No domingo (8), o número de mortos em decorrência das chuvas na Baixada Santista chegou a 42, segundo informado pela Defesa Civil do Estado de São Paulo e o Corpo de Bombeiros. Foram 31 óbitos em Guarujá, oito em Santos e três em São Vicente. Outras 36 pessoas estão desaparecidas, todas em Guarujá. O número atual de desabrigados é de 438, sendo 253 em Guarujá e 185 em Santos.


Em 2015, o rompimento de barragem em Mariana vitimou 19 pessoas. Até hoje, o desastre na Baixada Santista foi o mais impactante relacionado a chuvas de verão, que neste ano já causaram enchentes em diversas capitais brasileiras, como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, por exemplo.


O governador João Doria decretou estado de emergência em Santos. Os municípios de São Vicente e Guarujá decretaram estado de calamidade pública nesta semana. As cidades, agora, arrecadam donativos para auxiliar as famílias que perderam tudo na tragédia.


O capitão Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros, foi o responsável por comandar as operações no Morro São Bento, em Santos. “É uma área principal de risco”, ressaltou. Na sexta-feira (6), os trabalhos precisaram ser interrompidos pelo risco de novos desabamentos, e só mais tarde puderam ser retomados.


Já neste sábado (7), o trabalho do Corpo de Bombeiros está concentrado em Guarujá, onde mais vítimas desaparecidas são procuradas. O governador João Doria afirmou que, a essa altura, seria praticamente impossível encontrar pessoas ainda com vida.


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