Sobe 23,52% número de mortes em estradas na Baixada Santista

Na contramão, houve uma leve redução estadual com queda de 10%. Pedestres representam mais da metade das pessoas que perderam a vida no trânsito

Por: Da Redação  -  09/12/19  -  20:44
Para facilitar vinda de turistas ao litoral, Ecovias implementou Operação Descida no SAI (7x3)
Para facilitar vinda de turistas ao litoral, Ecovias implementou Operação Descida no SAI (7x3)   Foto: Arquivo/ AT

O número de mortes nas estradas da Baixada Santista subiu 23,52% em outubro deste ano, na comparação com o igual mês de 2018. Na contramão da leve redução estadual – queda de 10%. Os pedestres representam mais da metade das pessoas que perderam a vida no trânsito.


Os dados foram tabulados por A Tribuna, com base nas informações do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga-SP). Homens e jovens concentram a maioria dos óbitos. Entre os pedestres, a faixa etária acima dos 60 anos representa uma em cada três mortes regionais no trânsito.


Em outubro, foram registradas 21 mortes nas vias regionais, frente a 17 casos ocorrências no ano anterior. Isso representou um óbito a cada 24 acidentes com vítimas em outubro – que somaram 505. Um ano antes, essa proporção era de um óbito a cada 27,6 incidentes (470).


O levantamento do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito destaca que 94% dos acidentes com mortes no trânsito são causados por falha humana, como imprudência, imperícia ou negligência.


O arquiteto e especialista em gestão de cidades Augusto Muniz Campos aponta falhas nos pontos de passagens de pedestres nas rodovias. “As passarelas, quando existem, são locais de assaltos. Isso induz para a travessia nas pistas, provocando a maioria dos atropelamentos”.


Ele indica a necessidade de investimento em campanhas educativas no trânsito como forma de reduzir os indicadores.


Balanço


Noite e manhã foram os períodos com maior letalidade, concentrando seis vítimas cada intervalo. Quarta-feira (6), sábado e domingo (5 cada) foram os dias com mais acidentes no período.


Quando analisadas as cidades, São Vicente teve o maior número de óbitos no período: saltou de dois casos em outubro de 2018 para sete nesse ano. O secretário municipal de Trânsito e Transportes, Alexandre de Almeida Costa, afirma que a pasta desenvolve campanhas educativas e ampliou a fiscalização como forma de reduzir os indicadores.


Outras


Cubatão (de um para três), Guarujá (de três para quatro) e Peruíbe (zero para um) são as localidades que tiveram variação para cima. Praia Grande (2 em ambos os períodos) e Mongaguá (nenhum) mantiveram-se estáveis.


Santos (de quatro para três), Itanhaém (dois para zero) e Bertioga (três para um) foram as únicas localidades que tiveram menos óbitos nesse ano. O mapeamento do governo paulista indica que quatro em cada cinco acidentes foram provocados por homens e 22% das vítimas tinham entre 18 e 29 anos.


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