Sindicato de bares e restaurantes comemora horário mantido na Baixada Santista

Entidade alerta que redução de horas trabalhadas provocaria ainda mais aglomeração e demissões

Por: Daniel Gois  -  08/12/20  -  12:40
Presidente do SinHoRes revela dificuldade de proprietários para 'educar' clientes
Presidente do SinHoRes revela dificuldade de proprietários para 'educar' clientes   Foto: Matheus Tagé/ AT

Santos e São Vicente decidiram ir na contramão do Plano São Paulo e não limitar o horário de funcionamento de bares e restaurantes na região. A decisão foi comemorada pelo Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (SinHoRes), que entende que a diminuição de horas trabalhadas acaba tendo efeito reverso no combate ao coronavírus.


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“Quando fala em diminuição de horas trabalhadas, em qualquer atividade, isso sempre faz com que haja aglomeração”, afirma o presidente do SinHoRes, Heitor Gonzalez. “Já estamos com quase um ano de pandemia, mas esse segmento sempre fica esquecido de mudar essa sistemática de horas. Quando você diminui a capacidade de atender, mas aumenta o tempo, você faz com que haja absorção de mão de obra, e não demissões. Isso acaba minimizando os prejuízos que nossa categoria teve durante os meses”.


Gonzalez destaca que as prefeituras precisam intensificar a fiscalização nos estabelecimentos, e não realizar mudanças nos horários de funcionamento. Ele afirma que tem sido complicado fazer com que o público de bares, restaurantes, quiosques, entre outros, siga os protocolos sanitários de combate à pandemia.


“Estamos tendo muita dificuldade para educar o cliente. Ele não quer usar máscara quando se locomove dentro do restaurante ou do bar. Tem sido difícil. Esse protocolo, por ser mais ou menos horas, os problemas são iguais. Você pode atender todo mundo desde que tenha hora pra isso, seja através de reservas ou do público se sentir confortável em outras situações”, destaca.


Proprietário de um restaurante em Santos, Renato Alonso também vê a medida como positiva, destacando que os clientes podem optar por horários de menor pico para consumirem.


“Desde quando abrimos lá atrás, quando foi liberado, verificamos que os clientes apresentam um certo receio. Eles ligam, perguntando se o restaurante tá cheio, se apresenta movimento. Daí, orientamos a virem não nos horários de pico, e sim em horários alternativos. Você tem horário maior para trabalhar e as pessoas podem optar por horários menos frequentados”, afirma Alonso.


Protesto e multa


Em Santos, empresários do setor se reuniram para protestar contra a decisão do Governo Estadual de limitar o funcionamento para empresas. A ação já mobilizou mais de 30 comércios do ramo alimentício.


No último fim de semana, um bar foi multado pela prefeitura santista por descumprir as regras de funcionamento. Outros cinco estabelecimentos também foram intimados para que cumprissem os protocolos de prevenção, seguindo a fase amarela do Plano São Paulo.


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