Saque do FGTS pode movimentar comércio varejista na Baixada Santista

Antecipação da retirada deve incentivar compras de fim de ano

Por: Da Redação  -  23/10/19  -  16:33
  Foto: Sílvio Luiz/ AT

O comércio santista está a topo vapor com a notícia de que quem tem Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pode sacar até R$ 500,00 antes do Natal.


Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista (SincomércioBS), Omar Abdul Assaf, essa injeção de capital no bolso do consumidor traz um efeito muito claro nas vendas, especialmente nessa época do ano.


“Além do orçamento voltado aos presentes de Natal e às comemorações de Ano-Novo, temos um momento de férias escolares e dos próprios trabalhadores, que muitas vezes priorizam esse período para passar mais tempo em recesso com os filhos e a família”, observa.


Para Omar, é importante planejar gastos. “Esse dinheiro pode ser uma boa opção para quitar dívidas, comprar o material escolar do ano seguinte. Isso não quer dizer que não se possa gastar com lazer ou com aquela compra que se sonha há algum tempo. A palavra-chave é, realmente, planejamento”, diz.


O presidente do SincomércioBS acredita que a liberação de parte do fundo foi positiva, pois permite ao cidadão decidir o uso do dinheiro. “Ele pode gastar como quiser ou até mesmo investir e guardar. Dessa forma, a escolha fica nas mãos de cada um.”


Nas ruas


A atendente Flavia Figueiredo conta que tem observado melhoria no movimento da loja de calçados onde trabalha, no Gonzaga. “O meu palpite é que as pessoas vão sacar esse dinheiro disponível. As que não forem pagar contas certamente comprarão presentes de fim de ano.”


Quem concorda com ela é a vendedora Suellen Aparecida Santiago. “As mulheres estão sempre investindo no visual, principalmente em roupas. Eu vejo aqui. Então, a possibilidade de um dinheiro a mais no fim do mês atrairá mais clientes para as lojas.”


Entre os clientes, tanto há quem esteja ansioso para o saque quanto quem deseje esquecer que há dinheiro guardado em algum lugar. O mecânico Carlos Silva Almeida, de 48 anos, por exemplo, não vê a hora de sacar parte do benefício.


“Tenho algumas contas para colocar em ordem e quero comprar presentes de Natal para os meus filhos. Acho que o valor poderia ser maior, mas, se é o que tem, quero aproveitar.”


A dona de casa Maria Fernanda Tavares, de 50 anos, diz que não vai mexer no que tem guardado no banco. E já orientou a família toda também.


“Não acho que seja bom mexer no que está quieto. O ideal é esquecer que existe esse dinheiro. Ele está lá justamente para a hora que precisamos. Agora, imagine você ter uma emergência e, quando vai ver, já gastou por conta de outras situações anteriores”, avalia.


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