Sem tanto radicalismo, Papai Noel desce de teleférico em São Vicente
Vento não ajuda e o bom velhinho é obrigado a fazer um desembarque mais discreto
O nome do evento era Natal Espetacular, o protagonista, o Papai Noel Radical. Mas as condições do vento minimizaram a atitude do bom velhinho. Pela primeira vez em quatro anos, o Papai Noel não desceu de parapente no gramado da Praia do Itararé, em São Vicente. Foi obrigado a descer de teleférico antes da tradicional carreata pelas ruas do município.
A trilha sonora, muito distante da imagem do Papai Noel da Tribo do Asfalto, também não contribuiu para o radicalismo. Nada de Motörhead, Slayer ou até mesmo Brian Setzer and Orchestra. Quem ditou o ritmo da festa foi Roberto Carlos, Simone e Chitãozinho e Xororó.
"No meu tempo livre é rock and roll. Gosto muito de Raul Seixas, mas já estou acostumado com as canções natalinas. Hoje, às 5h da manhã, estava com meu gorro andando de barco. É meu estilo de vida”, disse Paulo dos Santos, de 56 anos, o intérprete do Papai Noel.
Santos conta que já trabalha como Papai Noel há 32 anos. “Todo dia 24 de dezembro, às 14h, saio com trenó e finalizo no Crei de São Vicente, São José e no Ana Costa, na ala infantil. Às 23h30 finalizo e vou para a minha casa”.
Questionado se havia ficado aliviado por não ter pulado de parapente, o bom velhinho demonstrou muita tranquilidade. “Não sou uma pessoa ansiosa, o que Deus me coloca na minha vida, eu agradeço. Sou muito de boa”.
Em função da pandemia do novo coronavírus (covid-19) e o forte calor, a carreata do Papai Noel não teve muito apoio popular. Poucas crianças o esperaram descer do teleférico. Logo em seguida, ele iniciou o trajeto pelas praias de São Vicente até a Praça 22 de Janeiro.
