São Vicente registra alta infestação do Aedes aegypti

Cidade corre risco de surto para dengue, zika e chikungunya

Por: Maurício Martins & Da Redação &  -  03/05/19  -  15:58
Campanha de combate ao mosquito acontece em vários pontos de Santos ao longo desta semana
Campanha de combate ao mosquito acontece em vários pontos de Santos ao longo desta semana   Foto: Agência Brasil

São Vicente tem alto risco de surto para dengue, zika e chikungunya. Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado pelo Ministério da Saúde esta semana, mostra que a Cidade permanece em vermelho desde o ano passado. Porém, em quatro meses, o número aumentou de 6% para 6,5%. Isso quer dizer que a cada 100 casas visitadas, 6,5 tinham focos do mosquito transmissor das doenças.


A Cidade é a única da Baixada Santista nessa situação, quando o índice passa de 4%. Em nota, a Prefeitura de São Vicente diz que os números refletem a pouca aderência das orientações promovidas pelos agentes à população. Afirma, ainda, que a metodologia usada é precisa, porque há um esforço para procurar “focos exaustivamente nas casas sorteadas”.


O Município garante que a preocupação é permanente e que conta com equipes visitando imóveis diariamente. Este ano, foram confirmados dois casos de dengue na Cidade. Até o momento, não há registros de zika ou chikungunya.


Totais entre 1% e 4% são classificados como em estado de alerta e recebem a cor amarela. É o caso de seis cidades da região, uma a mais do que o levantamento anterior: Santos (3%), Cubatão (1,9%), Guarujá (1,4%), Itanhaém (1,3%), Peruíbe (1,2%) e Mongaguá (em dezembro não estava, hoje tem 1,1%). As únicas que tiveram resultados satisfatórios e ganharam a cor verde foram Praia Grande (0,5%) e Bertioga (0,4%).


Para a Prefeitura de Santos aumento do índice de infestação do mosquito preocupa porque reflete alta nos casos de doenças (na Cidade passou de 2,3% para 3% de dezembro para abril). A principal preocupação, explica a Administração Municipal, é com o subtipo 2 da dengue, que está circulando com maior força no País.


“Foi o subtipo predominante na região em 2010, quando a Cidade registrou 8.026 casos de dengue, com 24 mortes. Em alguns casos da doença este ano, foram confirmados o subtipo 2, o que acende o sinal de alerta, pois esse tipo se mostrou mais agressivo em relação aos demais (tipos 1, 3 e 4) e muitos munícipes não estão imunizados contra ele”, explica, em nota.


Monitoramento


A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que realiza monitoramento constante dos indicadores de infestação do mosquito Aedes aegypti na Cidade, por meio do sistema de captura com 461 armadilhas, realizando vistorias diárias e mutirões nas áreas de maior presença e número de casos suspeitos e confirmados.


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