São Vicente quer reabrir o comércio no dia 1º de junho, diz Pedro Gouvêa

Flexibilização será feita em três fases, levando em conta a evolução da Covid-19 e leitos disponíveis

Por: Eduardo Brandão  -  26/05/20  -  18:49
Moradora do Centro é a primeira vítima fatal da Covid-19 em São Vicente
Moradora do Centro é a primeira vítima fatal da Covid-19 em São Vicente   Foto: Matheus Tagé/AT

A Prefeitura de São Vicente deve encaminhar à Câmara Municipal, nesta quarta-feira (27), a proposta inicial de reabertura do comércio vicentino – o maior da Baixada Santista. A expectativa é que os vereadores votem no dia seguinte uma espécie de cartilha com as regras e as atividades que vão receber a autorização para funcionar após o fim da atual quarentena no Estado, que se esgota no dia 31 de maio.  


O anúncio foi feito pelo prefeito Pedro Gouvêa (MDB), durante uma live em seu perfil oficial nas redes sociais, na noite desta segunda-feira (25). Na ocasião, o chefe do Executivo vicentino informou ter recebido exames confirmando o contágio por Covid-19 – razão pelo qual o político tem cumprido agenda pública de forma remota, em sua casa, onde cumpre isolamento domiciliar


Segundo o mandatário vicentino, a proposta de reabertura do comércio local foi finalizada na manhã desta terça-feira (26), durante reunião com equipe do governo e representantes do setor na cidade. “No dia 1 de junho teremos o retorno de algumas atividades, levando em conta o cuidado à vida e à saúde da população, mas sem deixar que a economia fique para trás. Não vamos abandonar os comerciantes, o empresário e, sobretudo, os vicentinos trabalhadores”, afirmou Gouvêa, durante participação na rádio Nova FM. 


O plano 


Pela proposta ainda em análise, a reativação do comércio vicentino vai ocorrer em três fases, com intervalos de quinze dias entre cada etapa. A ideia é avaliar o comportamento da população e a evolução dos casos confirmados do novo coronavírus na cidade. Gouvêa avalia que assim será possível avançar ou recuar em alguns pontos de reativação da principal atividade econômica vicentina,


O prefeito explica que uma parcela dos 9 mil comércios ativos em São Vicente receberá autorização para reabrir a partir de 1º de junho. Já a segunda etapa de reativação vai ocorrer no dia 15, e a última etapa no dia 30 de junho. “Esqueça, neste momento, (setores) de lazer, entretenimento, educação. Não vamos autorizar festas, eventos e tudo que possa gerar aglomeração sem controle”, continua o prefeito. 


Ele garante que a flexibilização local será adotada independente de eventual prorrogação da quarentena estadual. Está nos planos do governador João Doria (PSDB) prorrogar em algumas regiões paulistas, como a Baixada Santista, o isolamento social para conter a escalada de novos casos.  


“Imagina para um comerciante que está com suas atividades paradas há 90 dias. Muitos não vão ter condições de voltar. A maioria (dos comerciantes) está  agonizando, passando um momento difícil. São comércios tradicionais, com longa história que estão fechando”, continua Gouvêa. 


Segundo o mandário, os segmentos que vão receber autorização de reativação serão debatidos em forma de projeto de lei (PL), sendo preciso aprovação pela Câmara. ATribuna.com.br apurou que há uma costura política para que a votação ocorra em duas etapas, em encontro único na noite desta quinta-feira (28). Nos bastidores, o plano é batizado de “quarentena inteligente”, já que será mantida de orientação para se manter em casa e respeitadas as regras de distanciamento social.  


Gouvêa adiantou que o plano de reativação vai determinar, por exemplo, determinado número de clientes permitidos com base à metragem do estabelecimento comercial. Também haverá reforço nas ações de higienização. “Todos vão precisar usar máscaras e tomar todos os cuidados para que a gente consiga harmonizar tanto a saúde quanto a economia”. 


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