'São Vicente não pode errar mais', diz prefeito Pedro Gouvêa

Cidade comemora aniversário de 488 anos nesta quarta-feira (22)

Por: Da Redação  -  22/01/20  -  14:56
Atualizado em 22/01/20 - 15:09
Segundo Pedro Gouvêa, o caso já está sendo apurado
Segundo Pedro Gouvêa, o caso já está sendo apurado   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Ao entrar no último ano de mandato, Pedro Gouvêa (PMDB) diz ter enfrentado desafios constantes nos últimos três anos. Para o prefeito de São Vicente, a cidade vive hoje o momento em que comemora as conquistas e, de modo simultâneo, tem a consciência de que ainda há muito a ser realizado. Em entrevista exclusiva para A Tribuna, Pedro afirma que há um trabalho diário para deixar o município nas condições que gostaria, até porque muitas demandas exigem prazos mais longos.


Como o sr avalia o andamento da cidade nos últimos anos?


São três anos de muitas conquistas. Nós demos a volta por cima. Nós pegamos uma cidade abandonada, com lixo pelas ruas, funcionários em greve por salários atrasados, falta de professores e de alimentação escolar e creches fechando. Saímos de 28 para 59 creches e ainda temos mais para inaugrar até o fim do ano. Mas continuamos com uma infinidade de desafios e alguns são superados a longo prazo.


Quais, por exemplo?


Problemas de macrodrenagem. Está tudo bem encaminhado para termos uma obra emblemática, que é a da Bacia do Catiapoã, que melhora a drenagem de cinco ou seis bairros que estão no entorno.


Melhoramos o aspecto da Linha Azul que tem enchentes há anos. Mas macrodrenagem exige verba de fora. Aprovamos R$ 30 milhões no Finisa (Financiamento para Infraestrutura e Saneamentom, do Governo Federal). Temos outro financiamento para a obra habitacional do Rio Branco e vamos buscar uma terceira fase no Conjunto Bitaru.


Dentre as obras de melhorias, como está a reurbani-zação do Itararé?


Já iluminamos 100% da praia e quase a totalidade da Praia do Gonzaguinha. Mas no Itararé criamos quadras de beach tênis, um novo campo de futebol, estamos fazendo um novo calçadão.


Como o sr pretende atrair o turista para que ele fique na cidade?


Nós temos feito isso ao melhorar a iluminação, a segurança, ao estruturar a Guarda Civil Municipal. Temos um planejamento para monitoramento da orla e das entradas e saidas da cidade. Mas sou defensor de um turismo regional, que leve o turista a percorrer várias cidades. Cada vez mais percebemos um turista exigente, que quer qualidade de vida na cidade onde está.


E a rede holeteleira está dando respostas?


É uma rede que poderia crescer em São Vicente, que poderia ampliar.


Fala de novos hotéis?


Sim, acredito que caberiam. Na temporada vemos a ocupação máxima, com pessoas tendo de procurar outras cidades por falta de vagas. Mas o nosso desafio é enfrentar o período fora da sazonalidade. Aí entra a nossa criatividade, com eventos como os festivais gastronômicos. Com a economia instável o turista pode deixar de ir ao Nordeste, por exemplo, para vir para cá.


E a segurança na Biquinha, que já foi alvo de reclamações, como está?


A Guarda Civil Municipal está lá constantemente e neste período temos o reforço dos policiais militares da Operação Verão. A nossa luta é pelo apoio da Polícia o ano todo.


Como está o trabalho de zeladoria e melhorias no asfalto?


Esse é um trabalho diário. Reurbanizamos mais de 20 praças em três anos. Uma será inaugurada e duas reinauguradas. Vamos trabalhar com o aposentado e o menor, para dar a opotunidade do primeiro emprego e fazer com que o aposentado se sinta útil para a sociedade. Eles irão nos ajudar nesses trabalhos. Temos um problema sério de capinação. Há lugares onde em 15 dias o mato cresce. É um trabalho que merece muita atenção.


E a Área Continental?


A Área Continental hoje tem faculdade pública. São 53% do orçamento investidos nessa área. Todas as creches inauguradas estão na Área Continental, além de melhorias na iluminação, na urbanização e na saúde. Parque das Bandeiras, Gleba II e Rio Branco receberam asfalto. Essa área precisa agora atrair novos investimentos.


Há novos incentivos para o comércio?


Desde a gestão do Márcio França houve incentivos ao comércio, com a revitalização do Centro. Estamos substituindo as coberturas das ruas e incentivando o comércio na Área Continental.


Em 2032 São Vicente completa 500 anos. Como o sr espera ver a cidade nessa data?


Há dois termos que nos resumem bem: dar a volta por cima e estar no caminho certo. Daqui a 12 anos quero ver a cidade continuando nesses passos firmes. Não adianta a gente prospectar algo que nos faça voltar atrás. Já perdemos muito tempo. A cidade tem que manter o ritmo de crescimento. Não podemos brincar com a administração pública. São Vicente não pode errar mais.


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