Moradores de São Vicente criam projeto que transforma recicláveis em cadeiras de rodas

Projeto Plástico Solidário já arrecadou três toneladas de materiais recicláveis em 57 dias

Por: Por Carolina Faccioli  -  12/09/20  -  09:07
Grupo atua na Baixada Santista desde julho
Grupo atua na Baixada Santista desde julho   Foto: Arquivo Pessoal

Cinco moradores de São Vicente, no litoral de São Paulo, decidiram iniciar um projeto que visa arrecadar materiais recicláveis e convertê-los em cadeiras de rodas e de banho, por exemplo, para ajudar pessoas com mobilidade reduzida, que não tem condições de comprar esses equipamentos.


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Segundo José Luiz Geraldino, o projeto Plástico Solidário tem dois objetivos: ajudar as pessoas que precisam das cadeiras e ajudar o meio ambiente. Os colegas se conheceram em um projeto parecido e decidiram criar o Plástico Solidário para tentar atender mais pessoas, não só de São Vicente. “Nenhum de nós precisa disso, mas tem muita gente que precisa de nós”, diz.


O projeto foi criado há apenas dois meses, mas já foram recolhidas três toneladas de recicláveis, que foram convertidos em nove cadeiras de rodas, quatro andadores, nove cadeiras de banho, três camas hospitalares e um colchão. O projeto, segundo Priscilla Leandro, uma das integrantes, tem criado uma rede de solidariedade pela região, já que partes do processo só acontecem com a ajuda de amigos, familiares ou vizinhos.


Priscilla conta ainda que o projeto depende principalmente de “carretos solidários” para que o material seja levado até o centro de reciclagem, localizado na Praia Grande. Lá, o material é pesado e guardado até que se tenha o suficiente para ser revertido em cadeiras. O processo da compra das cadeiras é feito pelo próprio centro de reciclagem, que já está costumado a fazer este tipo de trabalho.


Geraldino diz que não imaginava que o projeto ganharia tanta ajuda em tão pouco tempo, mas torcia para que isso acontecesse. O projeto está com quase mil curtidas nas redes sociais e já conta com alguns pontos de coleta pela região. Apesar disso, ele afirma que toda a ajuda é bem-vinda, pois muitas pessoas ainda vão continuar precisando do projeto, que está só começando.


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