Fotos aéreas devem atualizar cobrança de IPTU em São Vicente
Geoprocessamento é apontado pelo poder público vicentino também para o diagnóstico de problemas de saúde, educação, trânsito e infraestrutura
Fotos aéreas de geoprocessamento já são usadas para a atualização do mapa territorial de São Vicente. O sistema, com resolução de cinco centímetros, será usado para renovar a base do cadastro imobiliário de 123 mil unidades vicentinas, podendo ter impacto na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Segundo a prefeitura, a medida que vai redefinir o mapeamento de 90 quilômetros quadrados do território vicentino foi criada pela Lei 987/2020. Na primeira fase, o estudo usará fotos aéreas e captação de imagens em 360°, por via terrestre e cada cinco metros. Com essas informações, será produzida uma base cartográfica atual, georeferenciada e unificada, “que possibilitará o cruzamento de informações entre diversas áreas e secretarias municipais”.
Ainda conforme o poder público, a “proposta é elaborar mapas e gráficos que facilitem o diagnóstico imediato e necessidades de cada setor”. A administração avalia que o material permitirá o direcionamento para ações de maior urgência na Cidade. “Além disso, vai quantificar e otimizar recursos a serem aplicados nas áreas de Saúde, Educação, Transportes, Manutenção e Infraestrutura, entre outras”.
A implantação do sistema é feita pela Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate). Paralelamente, uma Comissão Multidisciplinar, reunindo representantes das secretarias municipais, ficará responsável pelo andamento do processo e em acompanhar a atualização das informações, por meio das equipes de trabalho. Todo o conteúdo deve ser finalizado em dois anos.
“O sistema é aberto, permitindo a inserção de novas informações. Podemos dizer que é um Raio-X de São Vicente. Ou uma ideia real da Cidade”, compara a secretária da Comissão Multidisciplinar, a arquiteta e urbanista Kátia Gomes Pinto Rodrigues.
A profissional destaca a possibilidade de mapear o número de crianças que estão na escola, se estão na escola mais adequada ou se existe a necessidade de remanejamento para uma unidade de ensino mais perto de onde moram. Outro exemplo será a possibilidade de mapear áreas onde existam focos de uma doença, como no caso da Covid-19.
“Com a atuação de cada uma das secretarias municipais, será possível alimentar o sistema com uma grande diversidade de informações, temas e assuntos”, completa a arquiteta.
