Filha implora por ajuda para salvar pai 'desenganado' por médicos em São Vicente

Carlos Roberto de Castro Silva, de 63 anos, luta contra doença que atinge o fígado e o cérebro, além de ter a visão comprometida

Por: Marcela Ferreira  -  28/08/20  -  15:37
  Foto: Arquivo pessoal/Carina Borges

Com a intenção de ajudar o pai, a comerciante Carina Aparecida Borges da Silva, de 35 anos, realiza uma vaquinha virtual a fim de arrecadar dinheiro suficiente para submeter Carlos Roberto de Castro Silva, de 63 anos, a um tratamento contra um câncer em estado avançado. A família, de São Vicente, já recebeu diversos ‘nãos’ de médicos, mas Carina afirma que seu pai tem fé e que pretende ir atrás de uma cura para a doença.


“Nós descobrimos essa doença em novembro de 2019. Levei meu pai para fazer um ultrassom do abdômen, porque ele vinha emagrecendo e tinha perdido a visão do olho direito. O médico disse que era glaucoma”, conta Carina.


A filha relata que, após o primeiro diagnóstico, passou a marcar exames para o pai conforme outros sintomas começaram a surgir. “Marquei novos exames e tive que pagar um médico particular em São Paulo. O médico me chamou para conversar e disse que encontrou no fígado do meu pai várias massas. Ficamos desesperados”.


O baque fez com que a família começasse a correr contra o tempo para realizar novos exames e concluir o diagnóstico para chegar a um possível tratamento para Carlos. “A gente marcou uma consulta para ele no Hospital A. C. Camargo Câncer Center, na capital, mas não temos condições de pagar os exames lá, por isso voltamos para fazer os exames na Baixada Santista”, conta a filha.


Carina e o pai, Carlos, descobriram primeiros sinais da doença em novembro de 2019
Carina e o pai, Carlos, descobriram primeiros sinais da doença em novembro de 2019   Foto: Arquivo pessoal/Carina Borges

“Conforme fomos fazendo os exames, apareceu câncer no fígado, nos ossos, e um tumor na cabeça. Lá [em um hospital de Santos], o médico disse que, no estado que ele está, já não poderia fazer mais nada e que ele deveria ir para casa ficar com a família. Não aceitaram fazer biópsia, só que eu não consigo um tratamento para o meu pai sem a biópsia. Pagamos os exames particulares e foi quando veio a pandemia. Com isso, meu pai desistiu do tratamento”, diz.


O médico chegou a dizer à família que não sabia quanto tempo de vida Carlos teria, mas isso não fez com que a família desistisse de buscar tratamento. “Em Santos, o médico disse que não sabe quanto tempo de vida meu pai tinha, se era um, dois ou três meses, e essas portas na cara fizeram meu pai não querer mais se tratar. Com a vaquinha, ele está com esperança de novo”, finaliza.


Carina diz que o sonho de seu pai é prosseguir com o tratamento em São Paulo, porque lá ele teve esperança de melhora, mas como a família não tem condições financeiras para arcar com os custos, ela decidiu criar uma ‘vaquinha’ online. “Meu pai é um homem de muita fé, e ele está vivo por um milagre de Deus”.


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