Estado sinaliza assumir reforma da Ponte dos Barreiros, em São Vicente

IPT fará novo laudo para direcionar as obras de reestruturação do equipamento

Por: Eduardo Brandão & Da Redação &  -  02/08/19  -  16:15
A Ponte dos Barreiros foi inaugurada em 1995 e possui problemas
A Ponte dos Barreiros foi inaugurada em 1995 e possui problemas   Foto: Carlos Nogueira/AT

O Governo do Estado sinaliza assumir as obras de reestruturação da Ponte dos Barreiros, principal acesso entre as áreas insular e continental de São Vicente. A posição do Palácio dos Bandeirantes foi tomada após mobilização popular e pedido do Ministério Público Estadual (MPE) de imediata interdição do equipamento. 


Um novo laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) será realizado nos próximos 15 dias para nortear as ações e o plano de recuperação do local. A realização de estudos sobre a real situação do acesso foi confirmada, com exclusividade para A Tribuna, pelo secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. 


Segundo ele, o laudo dará condições técnicas para avaliar uma solução definitiva para o equipamento, utilizado por mais de 130 mil moradores da Área Continental vicentina. “O Estado não vai se eximir de apoiar essa situação de extrema importância para São Vicente e o Litoral”.


Vinholi acrescenta que o “primeiro passo é concluir o laudo e ver de que forma vamos progredir, em conjunto com o Ministério Público”. O secretário explica que o estudo vai nortear, de forma técnica, a elaboração de um plano de recuperação do acesso. 
“Seja de quem for a responsabilidade, Estado ou Prefeitura, discutiremos com as lideranças (políticas) quais investimentos devem ser feitos (na ponte)”. 


A recuperação do acesso é necessária para a terceira fase de expansão do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para a Área Continental – ainda sem prazo. Por esse motivo, o Governo do Estado pediu, no final do ano passado, novos laudos sobre equipamento. O levantamento provocou a interdição do acesso para caminhões com mais de dois eixos.


Novela antiga


Desde 2002 o IPT alerta para as péssimas condições da ponte e cobra reformas. As estruturas sucateadas e o péssimo estado de conservação do acesso são visíveis. Desníveis ao longo do trajeto dão sinais de que piso sofreu avarias.


Na parte de baixo, a situação é ainda pior: algumas colunas de sustentação sequer encostam nas vigas longarinas e na laje. Inúmeras placas de concreto exibem a armação de ferro que dá suporte ao material. 


A declaração de Vinholi encerra uma queda de braços sobre a responsabilidade da reforma do equipamento. Para a Administração vicentina, a recuperação estrutural “é de competência do Estado, responsável pela construção da ponte. Já a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) afirma que a conservação e manutenção da ponte são atribuições da Prefeitura.


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