Estado nega relação entre o VLT e a recuperação da Ponte dos Barreiros

Prefeitura pede acesso ao projeto do modal ferroviária para determinar reforma completa; impasse pode adiar recuperação do acesso

Por: Por ATribuna.com.br  -  30/01/20  -  22:11
Apesar de secretário defender liberação parcial, juiz negou o pedido por conta de riscos estruturais
Apesar de secretário defender liberação parcial, juiz negou o pedido por conta de riscos estruturais   Foto: Solange Freitas/TV Tribuna

O Governo do Estado descartou, nesta quinta-feira (30), que a terceira fase do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) tenha impacto na recuperação estrutural da Ponte dos Barreiros – principal acesso entre as áreas Continental e Insular vicentina.


A Prefeitura de São Vicente tem afirmado que a falta de informações sobre os planos de expansão do modal ferroviário inviabiliza o projeto de reforma do acesso, interditado desde novembro do ano passado.


Conforme noticiado por ATribuna.com.br, o atrito entre os poderes estadual e municipal pode adiar a reforma completa do equipamento, atrapalhando o cotidiano de cerca de 130 mil pessoas. A administração vicentina afirma depender da proposta do VLT para determinar a reforma nas vigas de sustentações da estrutural.


A alegação é que o equipamento tem vigas de sustentação compartilhadas pelo acesso ferroviário, que utiliza parte da estrutura rodoviária. “O projeto em estudo pela EMTU-SP prevê que o VLT funcione anexo ao leito de tráfego da ponte, sem interferência no fluxo de veículos”, informa o órgão paulista, sem informar quando vai concluir o plano de expansão do sistema de transporte por trens.


Contudo, técnicos vicentinos divergem dessa versão. Em entrevista para a TV Tribuna, na semana passada, o secretário de Obras Particulares de São Vicente, Elizeu Gonzalez Cação, afirmou que não poderia implantar vigas para suportar as duas estruturas sem ter acesso ao projeto do estado.


“É inadmissível a postura da Prefeitura de São Vicente em buscar, de forma irresponsável, a transferência de uma obrigação exclusivamente municipal para o estado”, continua o comunicado da empresa estadual.


A EMTU atribuiu que o “descaso da prefeitura” levou a estrutura da ponte a “um pré-colapso que agora exige grande esforço de engenharia”. O órgão relata, ainda, falta do projeto da reforma por parte da administração vicentina, que poderia atrasar o cronograma de repasse das verbas.


“E mesmo com a liberação de R$ 58 milhões da União para recuperar a ponte - o que atesta que a responsabilidade é do município -, a prefeitura teve a verba travada pela Caixa Econômica Federal pela ausência do projeto da reforma”, finaliza o comunicado.


Em nota, a Secretaria de Obras Particulares (Seob) vicentina destaca que os recursos para as obras serão liberados conforme as etapas forem sendo superadas. “Na próxima segunda-feira, a administração municipal se reunirá com a Caixa Econômica Federal para apresentar o projeto”, sustenta. A pasta esclarece que o projeto executivo da reforma emergencial será entregue nesta sexta-feira. “A partir dele, serão definidas as obras necessárias da fase de recuperação emergencial da estrutura”, conclui.


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