Empresários de São Vicente defendem que vereadores ganhem apenas dois salários mínimos

Batizado de Pacto da Mudança, movimento vicentino será lançado nesta terça-feira e pretende manter olhos abertos sobre a atuação do legislativo da cidade

Por: Eduardo Brandão  -  07/09/20  -  10:25
Câmara promove audiência pública sobre lei de uso e ocupação de solo na Área Continental.
Câmara promove audiência pública sobre lei de uso e ocupação de solo na Área Continental.   Foto: Luigi Bongiovanni/ AT

Fiscalizaraqueles que são eleitos para, entre outras ações, manter os olhos abertos sobre as ações do Poder Executivomunicipal. Essaé umadas premissas do movimento apartidário e popular que será lançado na próxima semana em São Vicente. Batizado de Pactoda Mudança, a iniciativa buscasensibilizaros pré-candidatos a umadas 15 cadeirasda Câmara Municipalvicentina parareduzir os vencimentosdos parlamentares.


Apropostapartiu de um grupo de empresários e profissionais liberais da cidade, descontentes dos rumosno cenário eleitoralvicentino.Ele busca uma nova forma de se fazer política na cidade.“Nas rodas de conversas entre amigos e parentes,o desânimo quantoàsensação de que nada muda na política local é abordado. Então, resolvermos agir paraelaborar propostaspara que isso mude”, afirma o empresário Ricardo Monteiro, de 53 anos, um dos representantes do movimento.


Entre as diretrizes da iniciativa, ele lista a limitação dos vencimentos no legislativo nacional ao teto de dois salários mínimos (que, atualmente, seriade R$ 2.090). Essa cifra equivale a pouco mais de 28% dos depósitos aos vereadores da cidade que, bruto, recebemR$ 7.430,43 cada, conforme dados do Portal da Transparência da Câmara de São Vicente.


Caso a proposta seja colocada em prática, a folha salarial apenas com os vereadores reduziria dos atuais R$ 111,5 mil para cerca de R$ 31,3 mil.


“Na última corrida eleitoral municipal (2016), foram mais de 460 candidatos para 15 vagas. Uma relação mais acirrada quemuitosvestibularesem universidade pública.Seráque todos estãoali por um projeto de cidadeou por interesses pessoais”, indaga.A mobilização cobra ainda a renúncia ao fundo partidário.


Monteiro não revela todos os pontos do que ele chamou de plataforma de “propostas surgidas do anseio popular”. Enão descarta “baixa adesão” dos pré-candidatos dada à “audácia” dos pontos defendidos pelogrupo. “Nada será obrigatório. A adesão (do político) será espontânea, mas quem aderir será cobrado e poderá sofrer sanções caso use a plataforma apenas para se eleger e, depois, nãoatue na Câmara a fim de colocar em prática as mudanças propostas”.


Monteiro afirma que todos os partidos participantes da corrida eleitoral vicentina foram convidados para conhecer as bases do projeto. Um site entrará no ar na noite da próxima terça-feira (8), ocasião na qual a proposta será lançada oficialmente.


Os pré-candidatos que aderirem às iniciativa terão um espaço nosite para informar os projetos que pretendem defender após a eleição. “Será mais uma ferramenta para o eleitor decidir em quem depositar seu voto”.


Por ora, a prosposta ficará concentrada em São Vicente. "O que não impede que eleitores de outras cidades ou regiões possam usar as bases, desde que não desconfiguem as propostas. Ninguém precisará reiventar a roda, podemos repassar nossas propostas para esse grupo", finaliza.


O lançamento doprojeto Pacto da Mudançaacontece na próximo terça-feira (8), às19, no RestauranteTiMaria, que fica naAvenidaAntonioRodrigues, 436, piso superior – Gonzaguinha. O encontro será voltado a politicos. O ato será transmitido pela internet.


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