Cruzar a Ponte dos Barreiros é desafio em São Vicente

Usuários do transporte público reclamam de espera para baldeações

Por: Rosana Rife  -  24/07/20  -  23:21
Tendas foram instaladas para os passageiros aguardarem os ônibus
Tendas foram instaladas para os passageiros aguardarem os ônibus   Foto: Alexsander Ferraz/AT

A Ponte dos Barreiros reabriu há 24 dias, mas nem tudo melhorou para quem depende do transporte público na Área Continental de São Vicente. Os ônibus convencionais continuam proibidos de passar pelo local. Com isso, sobram reclamações sobre tempo de espera pelos coletivos e falta de infraestrutura nos pontos de embarque.


Atualmente, eles cruzam a ponte em micro-ônibus. A baldeação é feita dos dois lados. É dessa forma que acessam os veículos com destino a outros bairros, ao Centro ou às cidades vizinhas.


O problema é que nem sempre há um coletivo à espera depois da baldeação. Às vezes, dependendo do horário, a espera é longa, diz a manicure Dayane Aparecida de Souza, de 24 anos, moradora do Jardim Rio Branco. “Minha mãe e minha irmã passam por isso todo dia. Elas chegam a esperar por até uma hora no ponto na ida para o trabalho”.


A funcionária pública Mirela Cordeiro, 39 anos, enfrentava a espera pelo coletivo, na última terça-feira, debaixo do sol e com o filho de 4 anos no colo. “Vou levá-lo ao médico. Saí do Jardim Rio Negro e esse será o terceiro ônibus que pego para chegar a Santos. É um sobe e desce sem fim, enfrentando o calor”.


Contratempos


Já a dona de casa Joanita Ribeiro Santos, 60 anos, tentava aproveitar a sombra de um poste para se proteger do sol enquanto aguardava o coletivo. “É um absurdo essa situação. Tenho que pegar três ônibus para chegar ao médico em Santos. A consulta é às 11 horas. Saí de casa às 9h30 e vou me atrasar porque são 10h30 e nada do ônibus”.


Moradora do Samaritá, Valéria Pereira Costa, 60 anos, conta que perdeu o emprego como cuidadora por conta dos atrasos. Na terça-feira (21), tentava ir ao velório de um conhecido, mas enfrentava uma espera de 20 minutos no ponto.


“Não tem um toldo sequer para a gente ficar. A gente espera o ônibus embaixo de sol e chuva. É horrível. E de noite é pior. A gente esperava que a situação melhorasse. Mas com a baldeação continua complicado”.


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