Com prejuízos, comerciantes vão à Justiça por acesso de caminhões na Ponte dos Barreiros

Sem resposta do poder público, empresários pretendem pedir liminar (decisão provisória) para tentar liberar veículos pesados no equipamento

Por: Rosana Rife  -  09/09/20  -  14:10
Atualizado em 09/09/20 - 14:24
A ponte está interditada desde sábado, gerando muitos transtornos
A ponte está interditada desde sábado, gerando muitos transtornos   Foto: Carlos Nogueira/ AT

Comerciantes da Área Continental de São Vicente reclamam de prejuízos e pedem para o prefeito Pedro Gouvêa (MDB) liberar a passagem de caminhões com até 17 toneladas pela Ponte dos Barreiros. Segundo eles, o peso indicado é o mesmo dos ônibus que já tiveram autorização para trafegar pelo local desde 31 de agosto. E eles pretendem recorrer à Justiça para garantir o fluxo de veículos pesados pelo equipamento, principal ligação entre as áreas continental e insular vicentina.


Guilherme Alves Caetano, 29 anos, trabalha na loja de material de construção da família e conta que a situação está difícil. Desde que a ponte foi fechada, em novembro do ano passado, ele teve de dispensar três funcionários e viu os lucros caírem. A expectativa, de acordo com ele, ficou para a possibilidade de liberação da ponte para os caminhos, junto comigo m os ônibus, o que não ocorreu.


“Nosso caminhão carregado pesa, no máximo, sete toneladas. É menos da metade do peso liberado. Não entendo o porquê de não nós deixarem usar a ponte”, relata.


Para atender a clientela, ele tem utilizado a rota alternativa passando por Praia Grande. “Mas o gasto é maior com combustível, manutenção do veículo e tempo. Já perdi venda por isso”.


O comerciante Márcio de França, 42 anos, também afirma acumular prejuízo da ordem de 70% desde que seus três caminhos foram impedidos de trafegar pela ponte. Ele tem depósito de material de construção e retira entulho na Baixada Santista.


“Não entendo o critério utilizado para liberar ônibus que pesam mais que muitos caminhões. No feriado, uma viagem que gastaria uma hora, por Praia Grande, levamos quatro devido ao trânsito”.


Ele diz que já entrou em contato com a administração vicentina, mas até agora não teve uma resposta. “Já falei com o prefeito, na Câmara de vereadores. E agora contratei uma advogada que vai entrar com pedido de liminar para tentar a liberação”.


A prefeitura informa, em nota, que por questões de segurança, não há a possibilidade de liberar o tráfego de caminhões no local por não ter como precisar o peso total máximo transportado. E lembra ainda que estão autorizados a utilizar a ponte somente veículos leves (carros e motos), ônibus e caminhões do Corpo de Bombeiros.


“As recomendações do IPT estão sendo levadas à risca pela Administração Municipal, visando a segurança dos usuários”. Porém, à medida que as obras avancem, a Administração poderá ser pleitear a liberação total.


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