Com 25% do pulmão comprometido, socorrista do Samu supera Covid-19 em SV: “Estive lá e sobrevivi”

Condutor de veículo de emergência em São Vicente, Anderson Donizete ficou seis dias internado

Por: Por ATribuna.com.br  -  23/07/20  -  15:01
Agente do SAMU de São Vicente teve sua vida completamente mudada quando começou a sentir forte dor
Agente do SAMU de São Vicente teve sua vida completamente mudada quando começou a sentir forte dor   Foto: Divulgação/PMSV

A respiração profunda e um pouco pausada, embora comprometida, é de alívio para o condutor de veículo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Anderson Donizete Feliciano dos Santos, de 49 anos. O profissional da linha de frente na rede de saúde de São Vicente, por pouco, não virou mais um número frio nas estatísticas regionais de Covid-19. Por seis dias, ele lutou contra os sintomas mais graves do novo corovírus.   


O agente do SAMU de São Vicente teve sua vida completamente mudada quando começou a sentir fortes dores no corpo. E a luta contra a pandemia se tornou uma batalha pessoal. Isso porque, em meio aos serviços prestados, ele contraiu o novo coronavírus. 


Após a manifestação dos primeiros sintomas, o condutor fez exames, que deram positivo para a doença. Na sequência, o profissional descobriu que parte, cerca de 25%, de seu pulmão estava comprometido, como consequência do vírus.


“Não é algo fácil, mas estamos ali na linha de frente. Muitas pessoas não acreditam que possa ser tudo isso, mas é. Eu senti, eu estive lá e sobrevivi”, diz Anderson. Ele, como os demais profissionais da Saúde, arrisca sua vida diariamente na linha de frente no combate contra a Covid-19.   


O socorrista chegou a ficar internado seis dias, por causa de complicações médicas. No total, foram mais de 20 dias para se recuperar a doença. E, após muita luta, a batalha foi vencida por completo. “Eu me sinto abençoado por vencer a doença. Infelizmente, eu vi muitos amigos próximos e profissionais que não conseguiram”, lamenta.  


Agora curado, ele continua atuando na linha de frente para ajudar pessoas que vivem as mesmas dificuldades que enfrentou. “Eu retornei bem ao trabalho. Eu gosto muito do que eu faço, sou apaixonado por aquilo que eu me propus a fazer. Eu sou condutor, faço por amor e com a maior satisfação”. 


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