'Carrinhos de golfe' da Ponte dos Barreiros custam mais de R$ 100 mil a São Vicente

Contrato é de seis meses e inclui quatro veículos destinados, principalmente, a pessoas com deficiência, mobilidade reduzida, grávidas, crianças e idosos

Por: Nathália de Alcantara  -  23/02/20  -  00:08
Carrinhos fazem gratuitamente o transporte de quem tem necessidades especiais, mas não têm agradado
Carrinhos fazem gratuitamente o transporte de quem tem necessidades especiais, mas não têm agradado   Foto: Matheus Tagé/ AT

Os quatro carrinhos elétricos que estão ajudando o povão a fazer a travessia pela Ponte dos Barreiros, em São Vicente, desde o começo da semana, custam R$ 18.680 por mês. O contrato, de seis meses, é de R$ 112.080.


Isso significa que cada carrinho custa R$ 4.670 por mês para os cofres públicos. Segundo a administração municipal, o contrato pode ser rescindido quando a reforma emergencial estiver concluída.


Questionada sobre quando a Ponte dos Barreiros finalmente será liberada, a prefeitura apenas informou, por meio de nota, que entregou o projeto executivo à Caixa Econômica Federal (CEF) no último dia 7, para apreciação da instituição e liberação da verba, já disponibilizada pelo Governo Federal.


“Após a aprovação do projeto pela CEF, a prefeitura vai contratar a empresa que realizará a obra. A previsão é de que entre 60 e 90 dias, a partir do início da obra, a ponte seja liberada ao tráfego de veículos parcialmente”.


Revolta


ATribuna.com.br esteve na Ponte dos Barreiros para saber a opinião dos usuários sobre os carrinhos. E a maioria não tem gostado do serviço oferecido.


Os veículos são destinados, principalmente, a pessoas com deficiência, mobilidade reduzida, grávidas, crianças e idosos.


A consultora de beleza Marina Conceição de Souza, de 65 anos, reclamou do serviço. “Como são poucos e para atender muita gente, a fila é enorme e temos de esperar em pé. Demora demais. Achei que seria mais rápido. Me enganei feio”.


Mesma coisa disse a dona de casa Normelia Pereira Gomes, de 66 anos. Como a irmã sente muita dor nos ossos e mal consegue andar, o jeito é esperar o carrinho para fazer a travessia.


“Fui com ela ao dentista e esperamos muito até que ele chegasse. A travessia é rápida, mas a fila é grande. Mas, a gente precisa passar por essa situação, infelizmente”, lamentava.


Logo A Tribuna
Newsletter