Caixa tem 30 dias para dar resposta sobre projeto da Ponte dos Barreiros

Só após sinalização do banco é que a Prefeitura de São Vicente poderá contratar empresa para obra emergencial

Por: Rosana Rife  -  08/02/20  -  10:40
Enquanto obra de recuperação não sai do papel, prefeitura instala toldos para a população
Enquanto obra de recuperação não sai do papel, prefeitura instala toldos para a população   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

A Caixa Econômica Federal tem o prazo de 30 dias para dar uma resposta à Prefeitura de São Vicente sobre o projeto de recuperação de 52 estacas da Ponte dos Barreiros, que liga a Área Continental à Área Insular da cidade. Só a partir daí será possível ao município lançar edital e contratar a empresa que executará a obra.


O estudo foi apresentado nesta sexta-feira (7), na sede da administração municipal. Enquanto aguardam uma solução, os moradores devem ter mais uma ajuda para fazer a travessia da ponte: há estudos para a locação de patinetes e carrinhos elétricos (tipo os de golfe) para amenizar o drama.


“Será para atender as pessoas mais idosas ou com dificuldades de locomoção”, diz o prefeito de São Vicente, Pedro Gouvêa (MDB).


Na última quarta-feira (5), a prefeitura começou a instalar bancos de concreto ao longo da ponte. Porém, na sexta-feira de manhã, alguns já tinham sido destruídos.


Valores


O projeto custou R$ 181 mil. Após a autorização da Caixa, o município poderá abrir licitação e contratar uma empresa para a execução da obra. “A partir do início dos trabalhos, entre 60 e 90 dias, a gente entrega a primeira fase da obra, estimada em torno de R$ 6 milhões”, explicou Gouvêa.


A expectativa é de que a conclusão total dos trabalhos ocorra somente no fim do ano. “Teremos mais cerca de 380 colunas. A gente vai ter de fazer isso no prazo em que a engenharia aponte como o mais rápido, um tempo que nos dê a possibilidade de até o fim do ano concluir 100% da obra”, diz o prefeito.


Detalhes


De acordo com o estudo elaborado pela PHD Engenharia, a recuperação será feita no chamado ‘trecho de variação de maré’, como detalha o diretor da empresa, Paulo Helene.


“Em toda a parte imersa, até o fundo da ponte, onde sustenta a estrutura, e três metros para baixo do nível médio da maré - que é a região onde a estrutura se degrada mais”, acrescenta Helene.


Para que o serviço tenha sucesso, serão utilizados materiais especiais, entre eles inibidores de corrosão. Vale destacar que a primeira fase refere-se a uma recuperação parcial do equipamento.


Com isso, o tráfego de veículos, que está proibido desde 30 de novembro do ano passado, deve ser liberado somente para carros e micro-ônibus. A expectativa, ainda, é que, depois de pronta, a obra de recuperação da Ponte dos Barreiros tenha validade de 50 anos.


“A norma brasileira de durabilidade de estruturas de concreto é de 2003. Quando essas estacas foram construídas - e o ambiente de variação de maré onde se encontram é o mais agressivo que a natureza tem -, não se imaginava que ela se deterioraria em tão pouco tempo, porque a vida útil que se projetava era de 50 anos”.


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