Bairros de São Vicente mergulham no caos após temporal e ponto final de ônibus é transferido

Há registro de alagamentos em diversos pontos da Cidade; coletivos não chegam ao Tancredo Neves

Por: Rosana Rife  -  10/02/20  -  17:30
Um dos pontos mais críticos em São Vicente nesta segunda é a Avenida Dom Pedro II
Um dos pontos mais críticos em São Vicente nesta segunda é a Avenida Dom Pedro II   Foto: Carlos Nogueira/AT

Em São Vicente, a situação pode ser considerada caótica nesta segunda-feira (10) por conta da chuva que não dá trégua na região. Na Cidade Náutica, por exemplo, diversas ruas e avenidas estão alagadas. Só caminhões conseguem passar. Há locais onde os ônibus sequer transitam. Foi necessário mudar o ponto final das linhas intermunicipais no Conjunto Tancredo Neves.


Um dos tantos prejudicados foi o zelador Michel Santos, de 33 anos. Ele precisava chegar no trabalho às 7 horas desta segunda. Contudo, às 12h20, mal tinha conseguido atravessar a Rua Frei Gaspar, que conta com trechos submersos. Perdeu metade do expediente e tenta vencer o aguaceiro a pé para chegar ao serviço. Ônibus? Nem pensar, pois não viu coletivos em circulação. Transporte por aplicativo? Em vão também, sem carros disponíveis.


"Avisei a patroa. Não tem ônibus. Estou tentando chegar na Vila Valença, sem sucesso. Aqui (na Rua Frei Gaspar), só consegui atravessar de carona com um caminhão".


Já o ajudante geral Valmir Carvalho fazia o trajeto contrário. Saiu do Centro vicentino, depois da jornada de trabalho, e tentava chegar em casa, no Conjunto Tancredo Neves. Mas estava ilhado na Náutica, com receio de enfrentar o rio em que se transformou a Avenida Dom Pedro II.


"Estou olhando para a avenida e está bem fundo. Queria chegar em casa, almoçar e descansar. Mas acho que o melhor é esperar mais um pouco".


Prejuízos
A cabeleireira Luane Souza, de 33 anos, já contabiliza os prejuízos provocados pelas fortes chuvas. Ela não conseguiu sair da Náutica para atender quatro clientes em Praia Grande. O marido dela tem uma oficina de moto, que ficou praticamente parada porque nem o funcionário e nem os clientes conseguiram chegar.


"Eu vim de São Paulo. Moro aqui há oito anos, mas nunca vi uma enchente como essa. Foi uma das piores. Nem minha filha vai conseguir ir à escola. Já avisaram que as salas encheram e não terá aula".


Transporte coletivo
Em contato com ATribuna.com.br. a assessoria de imprensa da BR Mobilidade informou que, devido às chuvas, o ponto final dos ônibus intermunicipais no Conjunto Tancredo Neves foi transferido de forma provisória para a Rua Alice Machado de Azevedo, em frente ao número 281.


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