Avanço do Covid-19 pode atrasar obras emergenciais em São Vicente

Estado de calamidade, decretado de forma regional, para conter circulação do coronavírus deixa projetos para minimizar efeitos das chuvas do começo do mês em segundo plano

Por: Eduardo Brandão  -  23/03/20  -  17:21

As medidas adotadas nas nove cidades da Baixada Santista para conter a circulação do novo  coronavírus podem atrasar as obras emergenciais, após os estragos provocados pelo volume de chuvas do começo de março. A Prefeitura de São Vicente reconhece que a situação de calamidade pública, decretada na região e no país, deverá adiar a análise de projetos que não tenham relação com a crise na saúde. 


A cidade tem a garantia de R$ 10 milhões, do governo do Estado, para obras como recuperação de vias, construção de muros de contenção e serviços emergenciais para minimizar o risco de deslizamentos em encostas. A administração vicentina também pediu auxílio à União, mas ainda aguarda a aprovação dos projetos apresentados - ainda em análise.


Segundo a prefeitura, a prioridade dos técnicos dos municípios, estados e governo Federal é na formulação de estratégias e ações que visam minimizar os impactos da pandemia na rede de saúde pública.  


A administração vicentina afirma seguir as orientações do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon) para o “resguardo da vida dos trabalhadores e não prejudique a realização das obras já em andamento”. Entre as determinações, a entidade autorizou a flexibilização na jornada de trabalho, turnos especiais para evitar aglomeração de trabalhadores e suspensão (total ou parcial) das atividades nos canteiros de obras. 


A Secretaria de Obras Públicas (Seob) ainda aguarda a análise do projeto para a reforma emergencial da Ponte dos Barreiros. A verificação é feita pela Caixa Econômica Federal (CEF), devendo finalizar essa etapa até o final do mês. 


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