As medidas adotadas nas nove cidades da Baixada Santista para conter a circulação do novo coronavírus podem atrasar as obras emergenciais, após os estragos provocados pelo volume de chuvas do começo de março. A Prefeitura de São Vicente reconhece que a situação de calamidade pública, decretada na região e no país, deverá adiar a análise de projetos que não tenham relação com a crise na saúde.
A cidade tem a garantia de R$ 10 milhões, do governo do Estado, para obras como recuperação de vias, construção de muros de contenção e serviços emergenciais para minimizar o risco de deslizamentos em encostas. A administração vicentina também pediu auxílio à União, mas ainda aguarda a aprovação dos projetos apresentados - ainda em análise.
Segundo a prefeitura, a prioridade dos técnicos dos municípios, estados e governo Federal é na formulação de estratégias e ações que visam minimizar os impactos da pandemia na rede de saúde pública.
A administração vicentina afirma seguir as orientações do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon) para o “resguardo da vida dos trabalhadores e não prejudique a realização das obras já em andamento”. Entre as determinações, a entidade autorizou a flexibilização na jornada de trabalho, turnos especiais para evitar aglomeração de trabalhadores e suspensão (total ou parcial) das atividades nos canteiros de obras.
A Secretaria de Obras Públicas (Seob) ainda aguarda a análise do projeto para a reforma emergencial da Ponte dos Barreiros. A verificação é feita pela Caixa Econômica Federal (CEF), devendo finalizar essa etapa até o final do mês.