Associação comercial de São Vicente solicita medidas para salvar comércio da cidade

Comércio quer apoio e fala em manter postos de trabalho por três meses

Por: Rosana Rife  -  15/04/21  -  00:34
Fiscais da Prefeitura visitaram estabelecimentos com números ímpares, autorizados a funcionar
Fiscais da Prefeitura visitaram estabelecimentos com números ímpares, autorizados a funcionar   Foto: Carlos Nogueira/AT

A Associação Comercial de São Vicente tenta salvar o setor, um forte pilar da economia do município, solicitando medidas especiais à prefeitura e, em contrapartida, oferecendo garantia de manutenção de empregos por pelo menos três meses. Além da abertura dos estabelecimentos, a ideia inclui redução de impostos e incentivo à contratação de micro e pequenos empreendedores pela Administração Municipal. O prefeito Kayo Amado (Podemos) analisa os pedidos.


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Um deles, inclusive, já foi colocado em prática desde segunda-feira (12), no início da fase vermelha do Plano São Paulo: a reabertura das lojas de forma intercalada. Nas datas pares, abrem comércios cujo endereço é par. Nos dias ímpares, lojas que têm número ímpar.


Até o final de semana, a Administração definirá se as lojas do Brisamar Shopping também reabrirão seguindo a regra do rodízio. Essa decisão dependerá dos resultados obtidos nas lojas do Centro, informa o prefeito, e do posicionamento do Governo do Estado em relação à fase que será instituída em São Paulo. Lojas consideradas essenciais têm autorização para funcionar.


“A fase vermelha proíbe shopping. Então, resolvemos fazer esse teste, primeiro, no comércio de rua. Ver se essa dinâmica de par e ímpar é respeitada para, na sequência, avançar para o shopping. Em tese, a fase vermelha acaba domingo”.


Esse seria o caminho, na avaliação do presidente da Associação Comercial, Alcides Antoneli, para dar fôlego ao setor. As propostas valeriam a comerciantes que aderirem ao pacto (detalhes acima). “É um pedido de socorro explícito ao Município porque muitos não estão mais conseguindo sobreviver com as portas fechadas. O comércio é praticamente o único motor da Economia da Cidade”.


Dificuldade


Segundo ele, há estabelecimentos que já encerraram as atividades ao longo da pandemia e, com as últimas restrições, outros ainda não sabem se terão forças para reabrir. “Esse cenário fez com que corrêssemos atrás de uma solução que aliviasse o setor”. Nessa situação encontram-se também bares, restaurantes e similares. A associação pede a abertura desses estabelecimentos por cinco horas diárias, das 12h às 17h.


“É um ponto mais delicado porque as pessoas tendem a ficar sem máscara nesses ambientes. Na fase vermelha, fica mais difícil fazer qualquer abertura”, destaca Amado.


Caso a caso


O prefeito também explica que o Município analisa os pedidos levando em conta caso a caso e que, em muitas situações, será necessário até analisar a situação de cada empresa. Ressalta ainda que precisa equilibrar a Saúde e a Economia da Cidade.


“A gente está analisando caso a caso dessas propostas, porque tudo precisa ser feito com base em questões jurídicas e financeiras para não ferir a Lei de Improbidade”.


O prefeito afirma, no entanto, que uma medida já foi adotada: a suspensão da taxa de vigilância sanitária. “Conseguimos justificar onde não perderíamos receita e já isentamos. O Poder Público não pode renunciar a receitas, porque seria caso de improbidade administrativa”.


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