Após casos de acidentes graves, São Vicente remove 75% dos pontos de ônibus de concreto
Ao todo, 50 novas estruturas acrílicas já são vistas nas áreas Insular e Continental do município
Após casos de acidentes graves, um dos quais duas idosas morreram no ano de 2016, a Prefeitura de São Vicente está removendo as estruturas de concreto que servem como pontos de embarque e desembarque de ônibus. Ao todo, 75% dos abrigos de concreto já foram retirados na cidade.
Segundo levantamento feito pela prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedup), São Vicente mantinha 89 paradas de ônibus com cobertura de concreto. Dessas, 67 já foram removidas por equipes da administração, restando 22.
Conforme anunciado pela prefeitura, a Secretaria de Trânsito e Transportes (Setrans) informou que já foram instalados 50 coberturas feitas de acrílico, entre as Áreas Continental e Insular.
Dos 89 abrigos a serem substiuídos, 22 ainda serão trocados, segundo a prefeitura. Os trabalhos de remoção e instalação foram interrompidos durante a semana, devido à chuva que atingiu a região, mas, de acordo com a administração, os serviços serão retomados a partir de segunda-feira (17).
Opiniões
A remoção dos abrigos de concreto divide opiniões de munícipes que são usuários do transporte público. "Acho que é importante ter um abrigo como ponto. Uma placa só no poste é muito pouco, ainda mais para os idosos, muitas vezes ignorados no sinal de parada", comentou a doméstica Maria José, de 65 anos.
"Eu lembro do casos em que duas senhoras morreram quando o abrigo de concreto desabou. Eu vejo mais questão de imprudência de motoristas do que problema dos pontos. Mas entendo a troca", afirmou o aposentado Fábio da Silva.
Algumas das novas estruturas já podem ser vistas em avenidas movimentadas da cidade como a Antônio Emmerich e a Presidente Wilson. Em demais locais que possuiam um abrigo de concreto, uma placa de parada segue posicionada para orientar motoristas dos transportes públicos.
Acidentes
Somente em São Vicente, dois casos de desabamento de coberturas chamaram a atenção. O mais recente, em dezembro do ano passado, na Avenida Nações Unidas, na Vila Margarida, um ônibus intermunicipal atingiu uma estrutura, deixando, ao menos, cinco pessoas feridas.
O caso mais grave ocorreu em julho de 2016, quando duas idosas, de 74 e 70 anos, morreram após um ônibus intermunicipal derrubar uma estrutura de concreto na Avenida Padre Manuel da Nóbrega, na praia do Itararé. Elas chegaram a ser socorridas, mas morreram no hospital.
