Alteração no trânsito na área da Ponte Pênsil divide opiniões

Pavimentação na Rua do Colégio causa mudança; acesso à ponte pela Praça 22 de Janeiro está vedado

Por: Egle Cisterna & Da Redação &  -  04/04/19  -  22:06
O que era temporário, foi confirmado pela prefeitura como definitivo
O que era temporário, foi confirmado pela prefeitura como definitivo   Foto: Nirley Sena/ AT

Desde meados do ano passado, os motoristas que querem passar pelas avenidas Newton Prado, para ter acesso à Ponte Pênsil, ou Getúlio Vargas, na Biquinha, em São Vicente, não podem simplesmente seguir pela Praça 22 de Janeiro para seguir o caminho.


Por conta de uma obra de pavimentação na Rua do Colégio, a prefeitura mudou o sentido das vias, com a promessa de que tudo voltaria ao normal em 30 dias.


Não foi o que aconteceu. Passados oito meses e com a intervenção na via concluída, a alteração continua. Hoje, os veículos têm que passar pela Rua Marquês de São Vicente, seguir até o começo da Avenida Capitão-mór Aguiar e, só então, chegar à Newton Prado.


Além do tempo, que pode variar dependendo dos congestionamentos na região central nos horários de pico, e dos semáforos, os motoristas fazem um desvio de 1,5 quilômetro até a ponte.


“É mais demorado para chegar em casa. Se antes era só meia quadra para chegar vindo pela praia, agora, perdemos mais tempo”, diz o morador da Rua Getúlio Vargas, Isaías Martins da Silva. Mas, mesmo com um trajeto maior, ele vê o lado positivo da mudança. “Antes, com dois sentidos na pista, tínhamos muitos acidentes por aqui. Agora, está mais tranquilo”, afirma.


Sem celebrar


Quem não gostou muito desta tranquilidade foi o comerciante Edson Rabelo, que tem um trailler de lanches neste trecho da via. “Meu movimento caiu em 80%. Se antes, nos dias bons, eu tirava R$ 1 mil, hoje, comemoro quando chego a R$ 200”.


Ele considera que os acidentes, principalmente com motos, continuam acontecendo ali, mesmo com um sentido único para os carros. “A solução para isso seria ter fiscalização, colocar um radar ou uma lombada, pois muita gente passa por aqui a mais de 100 km/h”, queixa-se.


Para a tristeza de Rabelo, a alteração será definitiva. De acordo com a Prefeitura de São Vicente, a Secretaria de Trânsito e Transporte (Setrans) decidiu, após avaliações positivas de motoristas e moradores do local sobre o novo sentido, manter o esquema atual.


Quanto aos acidentes, por nota, a administração municipal afirma que “não se tem conhecimento de qualquer notificação de acidentes”, mas que Setrans vai averiguar com a Polícia Militar se existe algum registro de ocorrências e, “se necessário, adotar medidas preventivas cabíveis”.


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