Vacinas pentavalente e DTP estão em falta nas policlínicas de Santos

Prefeitura aguarda repasse do estado para repor doses que são aplicadas em bebês de dois meses

Por: Marcela Ferreira & De A Tribuna On-line &  -  08/06/19  -  10:44
São Vicente prorroga campanhas de vacinação
São Vicente prorroga campanhas de vacinação   Foto: Imagem Ilustrativa/Divulgação/Prefeitura de Praia Grande

Por falta de repasse da Secretaria de Estado da Saúde, a Secretaria de Saúde de Santos está operando com poucas doses das vacinas pentavalente e DTP, que são aplicadas em bebês de dois meses de vida. De acordo com a prefeitura, não há previsão para que o repasse seja realizado, e a última remessa ocorreu há dois meses, em quantidade abaixo da necessidade do município.


Ao levar seu bebê de dois meses para tomar as respectivas vacinas, Angélica de Almeida Romão, de 29 anos, se deparou com a falta das doses em todas as policlínicas da cidade. A mãe conta que se sente extremamente preocupada. “Fico com medo de ele pegar alguma dessas doenças, tipo a meningite, que é muito séria”, diz.


“Meu medo é demorar tanto que, aos três meses, ele ter ainda mais vacinas para tomar, o que acabaria atrasando o calendário de vacinação dele. Deve haver outras mães aguardando essas vacinas também”, desabafa.


Segundo o pediatra Ruy Pupo, os bebês que não tomarem as vacinas aos dois meses de idade poderão acumular as doses, mas o médico alerta para que os pais levem os filhos para receber a imunização o mais rápido possível. “Embora obviamente indesejável, a falta pontual de vacinas, em um estado como o nosso, que tem uma boa cobertura vacinal, não chega a ser um grande problema. Desde que seja resolvido com rapidez”, explica.


Em nota, a Prefeitura de Santos informou que não há previsão de repasse das vacinas, e que o estado forneceu uma remessa pela última vez há dois meses, e em quantidade abaixo da necessária. Leia na íntegra:


A Secretaria de Saúde de Santos informa que as vacinas VIP e rotavírus não estão em falta na Policlínica do Campo Grande. Já a vacina pentavalente (contra DTP, hepatite B, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenza tipo B) está em falta em toda a rede municipal, assim como as doses da DTP (contra difteria, tétano e coqueluche) e da poliomielite oral.

A pasta aguarda o repasse de doses do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE), do governo estadual, para que as unidades possam ser reabastecidas e a vacina oferecida às crianças nas faixas etárias previstas no Calendário Nacional de Vacinação. Não há previsão para que o repasse seja realizado e a última remessa recebida ocorreu há dois meses, em quantidade abaixo da necessidade do município.


Já a Secretaria de Saúde do Estado, por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica, esclarece que a distribuição da vacina é de responsabilidade do Ministério da Saúde, sendo o estado responsável pela redistribuição aos municípios.


Além disso, afirma que o envio das doses de ambas as vacinas para São Paulo ocorreu com irregularidade e em quantidades insuficientes para a demanda mensal nos últimos dois meses. Os municípios serão reabastecidos tão logo a entrega do Ministério aconteça. Novos lotes de DTP devem ser enviados no decorrer deste mês.


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