UPA da Zona Leste, em Santos, está 98% concluída e deve começar a atender em abril

Secretário de Saúde informou que nesta semana deve terminar o processo de licitação para a gestão da unidade

Por: Matheus Müller  -  04/02/20  -  13:46

A obra da Unidade de Pronto Atendimento [UPA] da Zona Leste, na Praça Visconde de Ouro Preto, no Estuário, em Santos, está 98% concluída, segundo o secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz. A expectativa, de acordo com ele, é que o trabalho seja finalizado em março e os atendimentos à população comecem em abril. “Não vamos ter nenhum tipo de atraso”. 


“Estamos na fase de conclusão da rampa de acesso. Conseguimos fazer a licitação para o serviço de remoção das palmeiras [que estavam no local]. Tivemos que contratar uma empresa especializada para esse trabalho”. Ele aponta que outros detalhes ainda estão pendentes, como a instalação do elevador, mas destaca que “a obra segue bem”. 


Ferraz aponta que, em funcionamento, a UPA da Zona Leste deve aliviar a demanda na UPA Central, que realiza, em média, algo em torno de 450 e 500 atendimentos por dia. Já a unidade da Zona Noroeste, de acordo com ele, recebe entre 400 e 450 pacientes por dia. 


“O Pronto-Socorro da Zona Leste atende entre 250 e 300 pessoas por dia [unidade absorve parte dos casos de moradores do bairro]. A gente espera que a UPA da Zona Leste gire em torno de 400 a 450 pacientes/dia. [O fluxo] da UPA Central deve diminuir um pouco. Acreditamos que o número total nas três unidades passará para cerca de 1500 pessoas”.


Obras na unidade avançaram com liberação de verbas da União
Obras na unidade avançaram com liberação de verbas da União   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Gestão


O secretário de Saúde informa que sete entidades disputam a licitação para poder gerir a unidade. Entre as concorrentes: InSaúde, Santa Casa de Pacaembu, Fundação do ABC [FUABC], Pró-Saúde, Associação Paulista de Gestão Pública [APGP], Fundação de Apoio à Universidade de São Caetano do Sul [FAUSCS] e SPDM [que faz gestão da UPA da Zona Noroeste].


Ferraz conta que no dia 23 de janeiro foram abertos os primeiros envelopes pela comissão de seleção, composta por servidores públicos [as entidades entregam duas cartas]. Essa primeira documentação é a parte mais burocrática, com balanço social, estatuto, entre outras questões referentes às interessadas. 


Uma das entidades entrou com um recurso, o que atrasou o processo para que a questão fosse avaliada. O secretário espera, no entanto, que nessa semana sejam abertos os segundos envelopes. 


“São das propostas técnicas, a parte mais importante. Nosso time vai fazer a avaliação em dois dias, não mais do que isso. Se não houver nenhum recurso, vamos declarar um vencedor entre 10 e 15 dias, mas ainda pode haver recurso”.


Assim que o contrato for assinado, Ferraz explica que há um prazo de 30 dias para que a unidade comece a funcionar. “Parte dos equipamentos que serão colocados na UPA da Zona Leste fazem parte do pós-contrato de gestão, ou seja, a entidade que os instala. Esse é um procedimento bem normal”. 


Por isso a expectativa do secretário é que o atendimento na unidade ocorra em abril, pelo tempo para equipar o local. “É um modelo híbrido. Nós temos o prédio público municipal, parte dos equipamentos municipais e demais são adquiridos pela organização social, dentro, evidentemente, do que consta no contrato”. 


Funcionários


Quanto à contratação de funcionários, Ferraz aponta que é “quase impossível que a prefeitura ceda servidores para trabalhar na UPA”. A missão caberá à Organização Social. 


“É um modelo que acreditamos que dá um resultado positivo, porque conseguimos contratar os profissionais e permite a rotatividade deles. Ou seja, se [o funcionário] não estiver rendendo ou trabalhado a contento, ele é desligado e outro ingressa nos quadros da unidade. Com essa estratégia acreditamos estar sempre com pessoal comprometido com o serviço público”. 


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