Uma cara nova para a entrada de Santos

Esqueça o que você sempre teve como imagem no momento em que concluiu os últimos trechos da Via Anchieta, logo na chegada de Santos – por onde passam 120 mil veículos diariamente –, e rumou para o Centro da Cidade ou seguiu em direção à Zona Noroeste. Esse cenário, em pouco tempo, será bem diferente.

Haverá maior fluidez, segurança, separação entre veículos e caminhões e o fim da parada no semáforo bem na entrada do Município. Isso sem falar na diminuição dos impactos de um problema que interfere nos moradores do entorno: as inundações por conta de maré alta e fortes chuvas.

Essas são algumas soluções esperadas por um conjunto de obras realizado pela Prefeitura e Governo do Estado, a Nova Entrada de Santos. O amplo pacote de intervenções deve estar concluído até 2021.

Ao todo, são cerca de R$ 700 milhões investidos nas obras, dos quais R$ 270 milhões pela Ecovias, que em contrapartida terá mais sete meses de concessão do Sistema Anchieta-Imigrantes. Os demais recursos são de responsabilidade do poder público municipal, por meio de financiamento.

Parte das intervenções já será entregue neste ano, como o viaduto de 395 metros que liga as avenidas Martins Fontes e Nossa Senhora de Fátima e se encontra em fase de finalização da obra física. Ele deverá estar concluído em julho e terá como principal benefício eliminar o cruzamento entre as avenidas e o fim da estrada. Com isso, não haverá mais semáforo para quem chega ou sai do Município, uma garantia de uma passagem mais rápida e segura.

O gestor do projeto da Nova Entrada de Santos, Wagner Ramos, diz que as obras já estão dimensionadas para atender a Cidade como um todo para as próximas décadas.

“Não há como mensurar os impactos das obras para Santos, principalmente porque solucionam problemas viários e de drenagens sentidos pela população há muito tempo. É, sem dúvida, a maior obra viária dos últimos 50 anos”.

Para o técnico da Prefeitura, outro impacto importante é no acesso ao Porto de Santos, o maior da América Latina, por onde circulam 10 mil caminhões todos os dias e há a movimentação de 30% da balança comercial brasileira. O acesso à Alemoa será facilitado. “Mas a solução, de fato, virá após a obra do Governo Federal para ampliar o caminho em direção ao Porto e que ainda não tem prazo para acontecer”.

A ponte sobre o Rio São Jorge, de 600 metros, que ligará a Via Anchieta à Zona Noroeste, diminuirá o tráfego no fim da estrada e facilitará os acessos aos bairros, por meio da Avenida Beira-Rio, também em construção. Em março, o Governo do Estado vai autorizar construção de uma estação de bombeamento, o que garantirá a volta da tranquilidade para quem sofre com as enchentes.