Transferência da Rua do Peixe e do Mercado de Peixes sai em 180 dias

Prefeitura já espera transferir os permissionários para o novo local na Ponta da Praia

Por: Da Redação  -  13/09/19  -  02:12
Obras do Mercado de Peixes e futuro CAT tiveram início em Santos
Obras do Mercado de Peixes e futuro CAT tiveram início em Santos   Foto: Carlos Nogueira/AT

Em 180 dias, a Prefeitura de Santos espera transferir os permissionários da Rua do Peixe e do Mercado de Peixes para o novo imóvel de comércio de pescado, na Ponta da Praia. A data foi confirmada quarta-feira (11) pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), no início dos trabalhos de construção do espaço e do Centro de Atividades Turísticas (CAT). 


A previsão de mudança ocorre em meio à insatisfação de parte de comerciantes que não deve ir para o novo empreendimento. Pelo cronograma da administração municipal, as futuras instalações do tradicional ponto de venda de pescados ficarão prontas em março de 2020. Elas ocuparão uma área de 1,7 mil m² na Avenida Mario Covas Júnior, a poucos metros da atual localização.


Barbosa diz que, após a conclusão dessa etapa, começará a transferência para o futuro imóvel. A pressa na desocupação do atual espaço é para utilizar a área, integrando o local ao projeto do CAT. 


O equipamento terá 20 boxes, cinco a mais que o atual. O excedente será destinado aos comerciantes da Rua do Peixe, que devem sair do local devido a uma decisão judicial. Segundo o prefeito, vão ao novo imóvel os permissionários em situação regularizada. 


“A prefeitura fará tudo conforme a legislação. Quem tem permissão e está em situação legal será transferido. Quanto à Rua do Peixe, será cumprida a ação judicial de desocupação do espaço. Vamos oferecer alternativas e dialogar, até chegar na melhor solução”. 


O posicionamento traz, no entanto, apreensão aos comerciantes da via santista. “O novo Mercado foi feito para atender a gente, que precisa deixar a rua por decisão judicial. Mas, a prefeitura resolveu dar preferência a quem era do Mercado. Não temos previsão do que acontecerá”, diz o comerciante José Roberto Mandu da Silva. 


Como alternativa aos permissionários em situação irregular, Barbosa indica a utilização do Mercado Municipal, na Vila Nova. Essa não é a primeira vez que a prefeitura indica o espaço. “Lá [Mercado Municipal], não há condição por não ter fluxo de pessoas. A prefeitura quer que a gente vá para lá para tentar recuperá-lo”, resume Silva.


Logo A Tribuna
Newsletter