Secretário de Saúde de Santos garante dois veículos ao Consultório de Rua

Unidade móvel presta atendimento a pessoas em situação de rua. Reforço chega em outubro

Por: Matheus Müller & Da Redação &  -  21/09/19  -  22:48
Audiência pública sobre o tema foi realizada nesta sexta-feira
Audiência pública sobre o tema foi realizada nesta sexta-feira   Foto: Carlos Nogueira/AT

Há pouco mais de um mês, o programa Consultório na Rua, da Prefeitura de Santos, está com o principal veículo na oficina com problemas mecânicos. Sem a unidade móvel, equipada para prestar atendimento de saúde a pessoas em situação de rua, a equipe usa um carro comum, o que, segundo funcionários, está longe do ideal.


O secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz, confirmou os problemas, nesta sexta-feira (20), em audiência pública sobre o tema. No entanto, disse que o veículo já voltou às ruas e anunciou que, em outubro, a prefeitura contará com mais dois automóveis para o programa. 


Ferraz também informou que a Policlínica do Porto (Rua General Câmara, 507) passa por readequações estruturais para, em outubro, servir como sede definitiva do Consultório de Rua. 


Além de docentes e representantes de causas em prol dos moradores de rua, o encontro promovido pela vereadora Telma de Souza (PT), no prédio da Unifesp na Encruzilhada, contou com a presença do padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo e uma referência no assunto.


O padre ressaltou a necessidade da população enxergar os moradores de rua, olhar nos olhos e conviver. Criticou as agressões físicas e verbais e pediu dignidade, como um maior acesso à água. 


Mais degradante


Com relação aos abrigos, mencionou que, além de insuficientes, não são acolhedores e não respeitam as individualidades. 


Sobre o Consultório de Rua, Lancellotti disse ser uma estratégia importante, porque aproxima e garante o direto à saúde. “A ausência faz com que a vida da população de rua, que já é muito dura, seja ainda mais degradante”. 


De acordo com Telma, também presidente da Comissão Parlamentar de Saúde e Higiene, o objetivo da audiência era “dizer que essa população [de rua] existe e não é invisível”.


“Estamos aqui para que isso deixe de existir. Devemos pressionar os gestores, não só de Santos, mas da Baixada Santista e do estado”. 


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