Santos veta consumo de alimentos e bebidas em vias públicas após às 20 horas

A medida constará em um decreto, que será publicado nesta terça-feira (26), e adequa o município as regras da fase laranja do Plano São Paulo

Por: Por ATribuna.com.br  -  25/01/21  -  22:00
Atualizado em 25/01/21 - 22:11
Baixada Santista registra 2.043 óbitos e 47.152 doentes desde o começo da pandemia
Baixada Santista registra 2.043 óbitos e 47.152 doentes desde o começo da pandemia   Foto: Matheus Tagé/AT

O prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), anunciou, nesta segunda-feira (25), que será vetado o consumo de alimentos e bebidas em vias públicas, como praças, logradouros, praias e calçadas, após às 20h. A medida constará em um decreto, que será publicado nesta terça-feira (26), e adequa o município as regras da fase laranja do Plano São Paulo de retomada econômica.


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"Conversamos com vários setores da economia no município. Seremos mais rígidos com consumo fora dos estabelecimentos comerciais. A maioria dos estabelecimentos tem se comportado, mas o indivíduo não", explicou o chefe do Executivo. Segundo Santos, aglomerações em praças, calçadas e praias não irão acontecer mais.


Além disso, a administração municipal irá liberar a atividade de comerciantes ambulantes nas praias durante a semana, respeitando o limite de 10 cadeiras para evitar aglomerações. No entanto, aos finais de semana, a atividade será proibida, bem como os esportes coletivos. Esportes individuais estão liberados.


"Estaremos com a fiscalização concentrada justamente nessas situações: aglomerações em áreas públicas, em atividades clandestinas como festas e baladas, e estabelcimentos que não cumprem as regras".


O chefe do Executivo santista disse que não dá para usar a máscara nos olhos e pediu a colaboração da população. "É uma guerra e o inimigo em comum é o vírus. Maior desafio é salvar vidas conciliando a saúde e a economia".


Mais vacinas


Rogério Santos também anunciou a chegada, nesta terça, de 7.340 vacinas da Astrazeneca/Oxford. Segundo o prefeito, as doses serão entregues na Arena Santos e serão aplicadas em profissionais da linha de frente, que atuam nas UTIs do município.


O imunizante chega via Governo Federal. O chefe do Executivo ressaltou que seguirá trabalhando pela celeridade da vacina e acompanhando a distribuição. "Brigando pelo nosso município, para que ele seja reconhecidamente um município que precisa ter uma atenção especial, até pelo número elevado de idosos".


O secretário municipal de Saúde, Adriano Catapreta, disse que as doses começarão a ser distribuídas ainda nesta terça-feira (26) para hospitais públicos e particulares.


Mesmo essa segunda remessa, porém, será insuficiente para vacinar todos os profissionais da linha de frente contra a covid-19: são cerca de 24 mil trabalhadores e, contando-se os envios estaduais e federal, chegaram 16.990 — das quais 2.403 foram destinadas a casas de repouso da Cidade.


"Nos foi assegurado que podemos usar todas as vacinas que chegarem para aplicar a primeira dose. Não precisamos guardar. (O efeito) Dura até 28 dias, e (a segunda dose) será entregue de 15 a 21 dias após a primeira aplicação", disse Catapreta.


O secretário também comentou que não haverá mistura de fabricantes. "Está tudo muito bem elaborado. Quem tomou a CoronaVac tomará a CoronaVac (na segunda dose). Quem tomar a de Oxford, será a de Oxford. E, a que chegar, vacinaremos nossos munícipes", reforçou, para declarar que os imunizados não escolherão a origem da vacina.


Escalada da covid-19 e baixa taxa de isolamento


O prefeito santista demonstrou preocupação com o crescimento de casos, e especialmente de óbitos, no município. Segundo ele, nos últimos 14 dias, o número de mortes por coronavírus cresceu 32%. "É um terço de pessoas, vizinhos, amigos, que estão morrendo. Então, precisamos estar atentos".


O chefe do Executivo também criticou um movimento, que ele disse existir em todo o país, de relaxamento em relação as regras preventivas, bem como o isolamento social. Segundo ele, a taxa de isolamento em Santos tem sido de 34%. "Já foi mais de 50%. Estamos vendo este tipo de comportamento no Brasil todo. Esse comportamento inadequado está abrindo flanco para esse inimigo".


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