Santos teve 13 casos de chikungunya e 11 de dengue em menos de 2 meses

Risco de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti aumenta com as chuvas. Em cerca de uma semana, o mosquito atinge a fase adulta

Por: Por ATribuna.com.br  -  24/02/21  -  09:48
O calor ajuda na eclosão dos ovos
O calor ajuda na eclosão dos ovos   Foto: Arquivo/Agência Brasil

Em 2021, Santos teve 13 casos de chikungunya e 11 casos de dengue, de acordo com a prefeitura. E as chuvas de verão, mesmo aquelas que passam rapidinho e parecem apenas molhar o chão, contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças e também da febre amarela urbana e zika. Basta um pouco de água acumulada em um micro recipiente, como uma tampinha, para que a fêmea adulta deposite ovos milimétricos, praticamente imperceptíveis a olho nu (eles medem 0,4 milímetros).


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O calor ajuda na eclosão dos ovos, iniciando a fase larvária do inseto. Em cerca de uma semana, o mosquito atinge a fase adulta. A fêmea, na fase reprodutiva, necessita do sangue humano para amadurecer seus ovos. Se ela pica uma pessoa infectada com dengue, zika, chikungunya ou febre amarela, se torna um vetor. Ou seja, carrega consigo o vírus e o transmite aos demais humanos.


"O cuidado deve ser diário e a recomendação é simples: manter os ambientes secos e os locais que armazenam água, como caixas d'água, bem fechados. Piscinas devem ser tratadas com frequência. A fêmea do Aedes aegypti pode dar origem a 1,5 mil outros mosquitos, mas não realiza toda desova em um só lugar. Temos mais de 130 agentes de combate a endemias e realizamos ações praticamente diárias, mas a colaboração de todos é fundamental para vencermos esta batalha", afirma Ana Paula Valeiras, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.


Combate pela prefeitura


A prefeitura de Santos realiza um programa de visitação de rotina aos imóveis da cidade, com o intuito de orientar os munícipes e eliminar situações que contribuam para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Semanalmente, nos bairros, agentes atuam com o intuito de orientar a população e eliminar situações que contribuam para a proliferação do mosquito Aedes aegypti.


Segundo a prefeitura, há aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa acometida pela chikungunya, com o objetivo de combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo a doença. Toda nebulização é precedida, dias antes, de uma visita nesses imóveis, para eliminar criadouros do mosquito.


Santos possui, também, 481 armadilhas espalhadas por toda a cidade, monitoradas semanalmente, sendo 39 na área do Porto, com levantamento dos dados pela Autoridade Portuária, que os repassa ao Município. As armadilhas indicam o nível de infestação de Aedes aegypti ao atrair as fêmeas, que ficam presas e morrem. O mapa de infestação é atualizado semanalmente e está disponível neste link.


Acompanhamento epidemiológico


A Seção de Vigilância Epidemiológica recebe notificações de casos suspeitos das doenças transmitidas pelo Aedes e acompanha o desfecho de cada um deles. A notificação de casos suspeitos e/ou confirmados dessas doenças é obrigatória por parte das unidades de saúde e também são consideradas nas estratégias de enfrentamento ao inseto.


Atividades Educativas


Por meio da equipe do IEC (Informação, Educação e Comunicação) são realizadas atividades lúdicas e educativas nas escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios. As ações são realizadas de forma ininterrupta e visam gerar multiplicadores sobre as formas de prevenção de doenças, inclusive as transmitidas pelo Aedes aegypti. Para solicitar as atividades, deve-se telefonar para 3257-8036 ou enviar e-mail para iecdengue@santos.sp.gov.br.


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