Mudança de cenário na saúde de Santos. A partir desta segunda-feira (17), será desativado o hospital de campanha montado pela Administração Municipal na UPA Zona Leste (Praça Visconde de Ouro Preto s/nº), voltado ao tratamento de pacientes Covid-19. No próximo dia 27, a unidade iniciará o atendimento de urgência e emergência, sua finalidade original, nas áreas de clínica médica, pediatria e ortopedia.
Atualmente, Santos conta com 160 leitos de covid na rede pública municipal. O baixo índice de ocupação (23%) é o motivo para a desmobilização desse tipo de atendimento na UPA Zona Leste.
“Já segue assim há três semanas, podemos dizer que é uma rede ociosa. Vamos desativar o hospital de campanha da UPA Leste. São 20 leitos de UTI lá, mas vamos abrir mais dez no Estivadores. Lembrando que os percentuais estão bastante baixos”, comenta o secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz.
De acordo com o responsável pela pasta, a redução seguirá nas próximas semanas sempre de acordo aos índices da doença na cidade.
“Mantendo-se com números bastante baixos, como está hoje, seguiremos com o plano de desmobilização dos leitos de covid. Tendo qualquer tipo de alteração, será reanalisado esse movimento”.
Questionado sobre o aumento do número de casos e óbitos na região, na última semana, Ferraz respondeu que é preciso ver os números de forma correta.
“Guarujá registrou em um único dia 28 óbitos, na última quinta-feira (13). Esses óbitos, no entanto, são referentes às semanas anteriores. É importante ter essa informação colocada, mas insisto, esses óbitos que foram atribuídos na última semana são referentes principalmente a outros municípios”.
UPA Zona Leste com outra finalidade
Ferraz ressalta a importância de devolver a UPA Zona Leste para suas finalidades. O hospital funcionará todos os dias (24 horas) e tem previsão de realizar mensalmente até 2,7 mil procedimentos ambulatoriais, 12 mil exames diagnósticos e 15 mil consultas médicas - o dobro do número de consultas realizadas pelo atual PS Provisório.
A unidade contará com 31 leitos de observação, sendo 24 de observação adulto, cinco de emergência e dois de observação pediátrica; cinco consultórios (três de clínica geral, um de ortopedia e outro de pediatria); salas de raio-X e emergência, área para desembarque de ambulância, entre outros espaços.
Os dez dias para a mudança de finalidade do hospital são necessários para respeitar todos os protocolos de segurança e higienização do equipamento.
“A gente tem esses protocolos definidos. É assim como funciona na UPA Central e na UPA da Zona Noroeste. São protocolos rígidos de limpeza como em qualquer outra unidade de natureza hospitalar ou pré-hospitalar, como no caso das unidades de pronto atendimento”.