Santos debate reabertura do comércio com Ministério Público Estadual nesta quinta

Encontro apresentará a membros da Promotoria dados locais que garantem reabertura de setores da economia, impactada com a pandemia de Covid-19

Por: Eduardo Brandão  -  04/06/20  -  16:25
Eventual acordo com MPE é aguardado para reativação do comércio santista
Eventual acordo com MPE é aguardado para reativação do comércio santista   Foto: Matheus Tagé/AT

O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), cumpre agenda, na tarde desta quinta-feira (4), com integrantes do Ministério Público Estadual (MPE) para traçar a adoção do Plano Municipal de Retomada das Atividades Econômicas. O encontro tem por objetivo apresentar os números de leitos ocupados e taxa de transmissão de Covid-19 na cidade, a fim de avaliar setores e segmentos econômicos que poderão ter as atividades liberadas nos próximos dias. 


A reunião com membros da promotoria paulista ocorre no dia seguinte ao Estado manter a classificação vermelha (fase 1 e mais rígida) nas cidades de Baixada Santista, conforme parâmetros do Plano São Paulo – que prevê a flexibilização de segmentos econômicos no Estado, a partir da melhora nos indicadores do novo  coronavírus. E foi agendada pelo chefe do Executivo santista devido ao conflito de informações entre o Palácio do Bandeirantes e as prefeituras locais. 


Na tarde de quarta-feira (3), os prefeitos da região decidiram seguir os resultados do sistema de monitoramento do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), que comprova que as avaliações de taxas de capacidade hospitalar e avanço do contágio por coronavírus. “Desde a semana passada, demonstramos (ao Estado) que a Baixada Santista está na fase laranja (a segunda das cinco fases do programa paulista). Isso foi feito com base a número exatos e ciência, não por achismo”, afirma Barbosa. 


Essas informações enquadram a região numa faixa que dá autonomia às prefeituras definirem segmento econômicos que podem ser retomados, como escritórios, shopping e comércio de rua. “O que o Estado pode enxergar em uma, duas ou três semanas, por ter que analisar 645 cidades, nós já enxergamos há algum tempo: a Baixada Santista sempre esteve na fase laranja e os municípios vão se comportar como tal, com autonomia para tomar decisões em relação a cada uma das nove  cidades”, afirma. 


Barbosa destaca que, por hora, continuam valendo todas as medidas restritivas decretadas no município para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. Ele garante que o cronograma para retomada das atividades econômicas já está finalizado, mas a administração também irá discutir e alinhar o plano com os representantes dos setores do comércio. 


Barbosa assegura que a retomada da economia santista dependerá da melhora dos indicadores de saúde. Teto máximo de 60% dos leitos para tratamento de Covid-19 ocupados e redução na curva de contágio na cidade serão alguns dos “parâmetros técnicos” à flexibilização de setores financeiros.  


Abertura gradual


Segundo o prefeito, a retomada econômica municipal ocorrerá de forma planejada e gradual. “Não vamos ter abertura imediata, descontrolada. Temos visto por experiências em outras cidades que esse não é o caminho adequado. O ideal é a flexibilização com prudência, responsabilidade, distanciamento e higienização, respeitando todos os protocolos. Até porque não adianta estarmos agora na fase laranja e amanhã retrocedermos para a vermelha”.


Pela proposta, centros comerciais (incluindo shopping), comércio varejista, escritórios, concessionárias de veículos e serviços imobiliários constam na lista das primeiras atividades retomadas “com restrições” assim que um município passar da bandeira vermelha para a laranja. Na fase vermelha, são permitidos apenas os serviços considerados essenciais.


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