Santos avalia manter aula virtual até o final do ano

O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) garante que opinião de pais e profissionais será considerada antes de decisão final; pesquisas mostram preferência pelo ensino remoto

Por: Júnior Batista  -  08/09/20  -  11:45
Quem preferir fazer a matrícula presencialmente terá de marcar horário por telefone
Quem preferir fazer a matrícula presencialmente terá de marcar horário por telefone   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Santos pode ter aulas on-line até o fim do ano, repetindo os passos de cidades como Cubatão, Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande, cidades no qual o retorno aos bancos escolares só ocorrerá em 2021. A retomada gradual das atividades nos colégios santistas acontecerá apenas se pais e professores concordarem, e assim que o Estado liberar, disse nesta segunda-feira (7) o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).


Uma pesquisa feita pela Administração Municipal, em agosto, mostrou que 80% dos pais e responsáveis pelos alunos não queriam o retorno das aulas presenciais este ano. Entre os professores, esse índice é de 90%, o que torna improvável a retomada de aulas presenciais na Cidade até dezembro.


“Professores e pais não querem e vamos respeitar isso. Pelo Plano São Paulo (que norteia a retomada econômica paulista), os municípios têm autonomia para decidir até sobre as escolas estaduais. Aqui em Santos, a rede estadual também não volta (agora). Na rede pública, não permitiremos o retorno por essa manifestação, que chega quase a unanimidade”, afirmou Barbosa.


O prefeito reforça o foco na tecnologia para garantir a oferta do ensino remoto. “A gente tem que agir com bastante responsabilidade e prudência para preservar a segurança sanitária de todos. Com a liberação pelo Estado, a comunidade toda será ouvida novamente”.


Escolas particulares
Um decreto, que deve ser publicado nesta quarta-feira (9) no Diário Oficial de Santos, dará as diretrizes para que escolas particulares do Município retomem as atividades extracurriculares e de recuperação depois de ouvirem pais e profissionais da área.


A ação acontece após a confirmação, na última sexta-feira (4), de que a Baixada Santista segue na fase amarela do Plano São Paulo. Ele prevê o retorno de atividades desse tipo nos colégios de cidades que estejam há mais de 28 dias nesta etapa, caso de Santos.


As prefeituras precisarão que fazer pesquisas e, com a aprovação, terão autonomia para definir a forma desse retorno, respeitando os protocolos de segurança, como uso de máscaras e distanciamento.


De acordo com Barbosa, isso permitirá a padronização dos parâmetros de pesquisa, já que as escolas particulares acabaram fazendo isso por conta própria. “O pai precisa se sentir seguro para mandar o filho à escola, com os professores a mesma coisa para o desenvolvimento das atividades, assim como os profissionais que trabalham nas escolas”.


Para a secretária de Educação de Santos, Cristina Barletta, a pesquisa deve definir esse possível retorno dentro da rede privada. “É preciso entender que o retorno, agora, seria uma recuperação, com acolhida aos alunos, além de atividades opcionais e culturais. O retorno das aulas presenciais, se houver, é só em 7 de outubro”.


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