Santos amplia capacidade de funcionamento do setor hoteleiro

A Prefeitura de Santos publicou, nesta sexta-feira (14), um decreto que autoriza o funcionamento com até 60% da capacidade de hotéis, motéis, pensões e outros estabelecimentos destinados à hospedagem para o atendimento de turismo, clientes corporativos e contratos de moradia. Até agora, o limite de ocupação era de 40%. 

De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista (SinHoRes), Heitor Gonzalez, o aumento no limite de atendimento já tinha sido um pedido feito pela entidade à Prefeitura. 

“Foi um pedido do sindicato para o prefeito uma vez que o segmento não faz parte do Plano São Paulo de regras de flexibilização. Tanto, que em São Paulo, Capital, os hotéis estão 100% abertos, inclusive, durante toda a pandemia”, justificou Gonzalez. 

Segundo ele, isso foi possível porque o setor já cumpriu uma etapa – com até 40% de atendimento – que foi importante para “educar funcionários, clientes e empresários. “Tudo foi bem sucedido. E os hospedes se sentiram seguros. Agora, pedimos o aumento porque 40% não estavam cobrindo os custos de abrir o hotel”, afirmou o presidente dizendo que existe demanda para atendimento aos fins de semana. 

Museus

Na quinta-feira (13), depois de quase cinco meses fechados, a Linha Turística dos bondes e os museus de Santos foram autorizados a reabrir. O Museu Pelé, no Valongo, já retomou as atividades, assim como o bonde. 

Entre as regras, os museus só poderão abrir por até seis horas diárias, quatro dias por semana, com capacidade limitada a 40% da lotação. Todos os visitantes terão temperatura aferida na entrada e serão impedidos de ingressar se for superior a 37,5°C. Deverá haver álcool em gel 70% disponível para limpeza das mãos. 

Segundo a Prefeitura, ainda não foram definidas datas para a reabertura dos outros museus. 

Cautela 

O infectologista Marcos Caseiro vê com preocupação as flexibilizações da quarentena que estão sendo adotadas, em um momento em que os números da doença voltam a subir na região. Para ele, esse aumento de casos e mortes está relacionado com a abertura das atividades econômicas. 

“Eu entendo a situação do comércio e todo o problema econômico. Mas não vejo essa reabertura com tranquilidade. No caso dos hotéis, vai incentivar a vinda de turistas, a ida às praias e possivelmente as aglomerações”, afirma. 

Por mais que os municípios estejam trabalhando para aumentar a capacidade das UTIs, não é possível achar normal tantas mortes. “A impressão que pode se passar com essa flexibilização é de tranquilidade. Mas o momento, de longe, é tranquilo”.